Soja, cana, milho, boi, porco, frango, trigo, arroz e o feijão, compõem os cardápios do mercado e da globalização.
Agregam-se a essa lista o café – estímulo à satisfação, a uva do vinho – confraternização, o leite – da manteiga e do queijo com o pão.
Produtos de um mercado cantado em prosa e verso no ambiente do agronegócio, agrobusiness – das commodities, da maquinaria, do veneno e da transgenização.
Tudo financiado pelos Estados – empresas nação – ancorados em bancos que mantém ativos os ativos da exploração, exclusão e, da raiz de todos os males: a escravidão.
Como se fez lá atrás – no passado – com os sequestros na Mãe África, com a tortura, os estupros, correntes e grilhões, agora – na era da digitalização – a escravização dos corpos pretos, quilombolas, pobres e indígenas estampam às “riquezas” forjadas no racismo e desumanização.
Porto Alegre, RS, 20 de março de 2023.
Por Roberto Liebgott, para Desacato.info.
Roberto Antônio Liebgott é Missionário do Conselho Indigenista Missionário/CIMI. Formado em Filosofia e Direito.
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