Atos terroristas: Golpistas libertados pelo STF serão monitorados 24 horas por dia

O ministro Alexandre de Moraes liberou com tornozeleiras eletrônicas e outras medidas cautelares 1.112 pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro

Atos terroristas de 8 de janeiro.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Lucas Vasques.

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a libertação de 1.112 pessoas que estavam presas por envolvimento nos atos terroristas de 8 de janeiro. Todas responderão às acusações em liberdade provisória e serão monitoradas 24 horas por dia, sete dias por semana.

Homens e mulheres só saíram da cadeia mediante uso de tornozeleira eletrônica. Caso infrinjam qualquer regra estabelecida por Moraes, poderão voltar à prisão. Eles são investigados por incitação ao crime e associação criminosa.

Os vândalos golpistas não podem viajar, sair de casa à noite e devem seguir uma série de outras restrições:

Proibição de ausentar-se da Comarca e recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana mediante tornozeleira eletrônica;

Obrigação de apresentar-se perante o Juízo da Execução da Comarca de origem, no prazo de 24 horas e comparecimento semanal, todas as segundas-feiras;

Proibição de ausentar-se do país, com obrigação de realizar a entrega de seus passaportes no prazo de 5 dias;

Cancelamento de todos os passaportes emitidos pela República Federativa do Brasil;

Suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome da investigada, bem como certificados CAC;

Proibição de utilização de redes sociais;

Proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por qualquer meio.

Quanto custa manter os terroristas

Alexandre de Moraes encerrou a avaliação de todos os pedidos de liberdade provisória das pessoas detidas por envolvimento no 8 de janeiro. Dos 1.406 presos em flagrante, 294 tiveram os pedidos de saída da prisão negados, sendo 86 mulheres e 208 homens, segundo o Metrópoles.

Desta forma, 1.112 foram liberados. Com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), todos saíram da cadeia com a aplicação de medidas cautelares.

O custo mensal de uma tornozeleira eletrônica é de R$ 211,10 para o Distrito Federal (DF). Por mês os terroristas custarão aos cofres públicos, somente no que se refere ao monitoramento eletrônico, R$ 234,7 mil. Por ano, o montante chegaria a R$ 2,8 milhões.

Segundo informações da Casa Civil do Distrito Federal, um preso custa, em média, R$ 2.450 por mês. As despesas envolvem alimentação, segurança, transporte, kits de higiene, colchão, atendimento médico, entre outros.

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