Confira os 10 estados e as 9 capitais que pagam salário acima do piso do magistério

    Apesar da lei tem governadores e prefeitos que se recusam a pagar o piso nacional dos professores da educação básica, enquanto outros valorizam a categoria e pagam salários maiores

    Foto: Pedro Ribas/ANPr

    Ministro da Educação (MEC), Camilo Santana, anunciou reajuste de 15% no piso nacional dos professores em 2023. O valor do piso nacional dos professores da educação básica sobe de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55 para jornada de 40 horas semanais ou proporcional.

    A portaria com o novo valor foi assinada no dia 16 à noite e já tem professor ameaçando não iniciar o ano letivo se não receber, como é o caso dos professores do Ceará, estado onde 39 dos 184 municípios reajustaram ossalários de professores.

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    Apesar da lei determinar o reajuste, tem governadores e prefeitos que se recusam a pagar o piso. Este ano, mais uma vez, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) contestou o reajuste e, pelo segundo ano seguido, orientou os gestores municipais a ignorarem esse reajuste. Além do impacto nos cofres municipais, a entidade contesta o novo piso por entender que os critérios usados não têm respaldo jurídico, o que é rebatido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

    Em ao menos dez estados e nove capitais não tem polêmica nem encenação política e as autoridades locais cumprem a lei, alguns até pagam salários bem acima do piso, como mostra levantamento do G1.

    Redes estaduais

    Dez estados que pagam acima do novo piso nacional. São eles: Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso (jornada de 30 horas), Mato Grosso do Sul, Paraíba (30 horas), Roraima, Sergipe e São Paulo.

    O valor não considera benefícios ou gratificações.

    Acre: O piso é de R$ 2.880 (30 horas semanais).

    Alagoas: O piso é de R$ 3.845,63 (40 horas) para professores com nível médio

    Amapá: O piso é de R$ 3.921,26 (40 horas).

    Amazonas: O piso é de R$ 4.749,22 (40 horas).

    Bahia: O piso é de R$ 3.850 (40 horas).

    Ceará: O piso é de R$ 5.413,18 (40 horas).

    Distrito Federal: O piso é de R$ 4.228,56 (40 horas).

    Espírito Santo: O piso é de R$ 4.579,20 (40 horas).

    Goiás: O piso é de R$ 3.845,63 (40 horas).

    Maranhão: O piso é de R$ 6.867,68 (40 horas) para professores com licenciatura.

    Mato Grosso: O piso é de R$ 5.024,57 (30 horas) para professores com licenciatura.

    Mato Grosso do Sul: O piso é de R$ 10.318,18 (40 horas). O estado não esclareceu se esse valor inclui benefícios ou não.

    Minas Gerais: O piso é de R$ 3.845,61 (40 horas).

    Pará: O piso é de R$ 3.845,64 (40 horas).

    Paraíba: O piso é de R$ 3.564,44 (30 horas).

    Paraná: O piso é de R$ 3.903,32 (40 horas).

    Pernambuco: O piso é de R$ 3.900 (40 horas).

    Piauí: O piso é de R$ 3.954,63 (40 horas).

    Rio de Janeiro: não informou

    Rio Grande do Norte: O piso é de R$ 4.038,76 (40 horas).

    Rio Grande do Sul: O piso é de R$ 4.038,52 (40 horas).

    Rondônia: O piso é de R$ 3.845,63 (40 horas) para professores da educação básica.

    Roraima: O piso é de R$ 6.103,14 (40 horas).

    Santa Catarina: O piso é de R$ 3.845,00 (40 horas).

    Sergipe: O piso é de R$ 4.451,14 (40 horas).

    São Paulo: O piso é de R$ 5.000 (40 horas) para quem aderiu ao “Nova Carreira Docente”. Professores que não optam pela nova carreira, recebem o estipulado no piso salarial nacional 2022.

    Tocantins: O piso é de R$ 3.999,60 (40 horas) para professores da educação básica.

    Redes municipais

    Confira as capitais que pagam mais do que o piso nacional, considerando jornada de 40 horas ou proporcional.

    Quatro capitais que trabalham com jornadas de 40 horas semanais nas suas redes pagam acima do piso nacional: Brasília, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo.

    Em outras duas (Cuiabá e João Pessoa), o valor da jornada de 30 horas já supera o piso nacional.

    Três capitais (Belo Horizonte, Campo Grande e Rio Branco), que trabalham com jornadas menores, pagam, proporcionalmente, mais do que o piso nacional.

    Aracaju: Segundo a prefeitura, o piso bruto, com gratificações, é de R$ 5.189,04 (40 horas). De acordo com o Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju, o piso salarial para 40 horas de jornada, sem as gratificações, é de R$ 2.242,92.

    Belém: O piso é R$ 2.900,65 (40 horas).

    Belo Horizonte: O piso é de R$ 3.047,92 (22,5 horas).

    Boa Vista: O piso é de R$ 2.567,00 (25 horas).

    Brasília: O piso é de R$ 5.497,13 (40 horas).

    Campo Grande: O piso é de R$ 2.330,83 (20 horas).

    Cuiabá: O piso é de R$ 6.829,05 (30 horas).

    Curitiba: O piso é de R$ 3.845,63 (40 horas) para professores da educação infantil.

    Florianópolis: O piso é de R$ 4.370,32 (40 horas).

    Fortaleza: não informou

    João Pessoa: O piso é de R$ 5.260,24 (30 horas).

    Goiânia: O piso é de R$ 4.160,41 (40 horas).

    Macapá: O piso é de R$ 2.886,40 (40 horas).

    Maceió: O piso é de R$ 3.845,63 (40 horas) para professores com nível médio.

    Manaus: O piso é de R$ 4.686,06 (40 horas).

    Natal: O piso é de R$ 2.577,27 (20 horas).

    Palmas: O piso é de R$ 3.845,63 (40 horas).

    Porto Alegre: O piso é de R$ 3.221,58 (40 horas)

    Porto Velho: O piso é de R$ 3.845,63 (40 horas).

    Recife: O piso é de R$ 3.900,00 (40 horas).

    Rio Branco: O piso é de R$ 3.004,40 (25 horas para professores com nível superior).

    Rio de Janeiro: O piso é de R$ 6.073,29 (40 horas).

    Salvador: não informou

    São Luís: O piso é de R$ 3.845,63 (40 horas).

    São Paulo: O piso é de R$ 5.050 (40 horas).

    Teresina: O piso é de R$ 4.400 (40 horas).

    Vitória: O piso é de R$ 4.247,99 (40 horas).

    Edição: Marize Muniz.

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