A presença feminina na capoeira

A capoeira é uma expressão cultural brasileira que compreende os elementos: arte-marcial, esporte, cultura popular, dança e música. Ela foi criada no século XVII pelo povo negro escravizado da etnia banto e se difundiu por todo o Brasil, como forma de resistência à escravidão e repressão da Polícia Imperial e Milícia Republicana.

A palavra capoeira significa “o que foi mata”, por meio da conexão dos termos ka’a (“mata”) e pûer (“que foi”). Alude às áreas de mata rasa do interior do Brasil, onde era feita a agricultura indígena.

Hoje, a capoeira é um valioso símbolo cultural. Homem e mulheres, participam de rodas de capoeira. Para falar sobre a presença feminina na capoeira, esteve no JTT-Manhã Com Dignidade, a Mestra Elma Silva Weba. Ela que é capoeirista, professora de Capoeira,  fundadora do grupo “Solta a mandinga” de Porto Alegre do e núcleo do nZambi-DF.

Elma é natural de Queimada na baixada maranhense, começou a jogar Capoeira Angola em 1986, em São Luís(Ma), na Escola de Capoeira Angola Laborarte, com Mestre Patinho, herdeiro da linhagem de Mestre Abêrre e Canjiquinha. Deu início em 1993 ao ensino da Capoeira Angola em São Luís(MA) e desde então passa a dedicar a vida á esta prática.

Reprodução

“No início nós tínhamos a prática como corporal, depois percebe-se que ela é política, de identidade cultural, de fortalecimento, de resistência do povo brasileiro, do povo afro-brasileiro e indígena. Eu me encontro nesta retomada de identidade, enquanto uma mulher indígena, maranhense, como uma possibilidade de construir um novo espaço social, pautado do fundamento da capoeira angola que é a liberdade e igualdade para todos e todas”.

Se movimentando pelo país, Elma muda-se para Porto Alegre(RS), ondem e 1996 funda o grupo “Solta a mandinga” que passa a se chamar grupo “nZambi” em 1999. Em janeiro de 2003 aporta na capital federal, onde dá continuidade ao seu trabalho fundando o núcleo do nZambi-DF.

Nesses quase 30 anos de capoeira, Mestra Elma ministrou oficinas em diversos estados, e hoje reside em Florianópolis(SC), onde leva uma vida voltada para o ensino da capoeira angola. Ela explica, que anteriormente a prática era majoritariamente masculina, hoje já é possível mulheres contribuir nesta resistência. Principalmente, para ampliar a diversidade.

Elma canta ao vivo em homenagem à mulheres. (Reprodução).

Segundo, Elma, a capoeira na vida das mulheres pode gerar acolhimento e consciência política para buscar as reivindicações.

“Ela significa resistência, estar na capoeira é luta diária, ela nos empodera”.

Sente interesse em assistir à entrevista completa? Acesse: 

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