Setenta e duas horas depois

Foto: Isac Nóbrega

Por Roberto Liebgott.

O inominável se manifestou pedindo o desbloqueio das estradas e rodovias, ocasião em que encontrava-se sozinho, sem Damares, sem intérprete de libras, pastores, filhos ou vizinhos.

O inominável imaginou, em sua sandice habitual, que neste período arregimentaria forças políticas e militares para golpear a democracia.

No seu pronunciamento oficial, com o qual não reconheceu a derrota eleitoral, pareceu depressivo, faltou-lhe blogueiros, sertanejos, politiqueiros, comandantes militares, a exceção de um general, o tal candidato, vice-presidencial.

Pelas redes sociais, através da máquina de robôs, ainda anunciou, via fake news, a prisão do ministro Alexandre de Moraes, com a qual pretendia animar, emocionar e estimular os fanáticos nazifascistas e os idiotas bolsonaristas.

O inominável, ao fim e ao cabo, ficou sem um “cabo”, nenhum soldado e o jeep, sequer foi localizado, para a invasão do Tribunal onde se daria o golpe final.

Passado o tempo de gestação da derrota eleitoral e das histéricas gritarias, todas em frente dos quartéis e rodovias, está chegando a hora da vaca fria, quando os intolerantes voltam-se ao fosso escroto de suas melancolias e o povo à rotina de vida, luta e alegria.

Porto Alegre, RS, 03 de novembro de 2022.

Roberto Antônio Liebgott é Missionário do Conselho Indigenista Missionário/CIMI. Formado em Filosofia e Direito.

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