Direito à saúde dos indígenas e o respeito aos seus saberes

Comunidade Mbyá Guarani Pecuruty, nas margens da BR-290, próximo do Arroio da Divisa, entre Eldorado do Sul e Arroio dos Ratos. Foto: Roberto Antonio Liebgott / CIMI SUL

Na coluna “Observações filosóficas” desta semana no JTT – A Manhã com Dignidade, Evânia Reich entrevistou a antropóloga Luciane Ouriques sobre a questão do direito à saúde pública voltada para os povos indígenas e sobre o consumo de álcool entre o povo Mbyá-Guarani.

Luciane explica que “o respeito às culturas indígenas é um dos princípios que orienta a política nacional de atenção à saúde dos povos indígenas, bem como o reconhecimento da eficácia das suas medicinas tradicionais” além disso, o sistema de atenção à saúde indígena, criado em 1999, “prevê que o serviço prestado nas comunidades seja articulado às práticas, aos saberes e aos praticantes das medicinas tradicionais indígenas”.

No entanto, Luciane coloca que a formação universitária não prepara os futuros profissionais da saúde para trabalhar com os povos indígenas, eles acabam aprendendo com as próprias comunidades.

Em relação ao consumo de álcool, Luciane participou de uma pesquisa junto ao povo Mbyá-Guarani, localizado no Rio Grande do Sul. A partir de um diálogo junto com os Mbyá-Guarani percebeu-se que o álcool é um fator de desagregação familiar. Para eles, a bebida alcoólica possui um espírito que não tem parente e, por isso, ao consumi-la, a pessoa pode comprometer o vínculo social com os seus familiares.

Assista à entrevista completa no link abaixo:

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