Redação
A deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) coletou o mínimo de assinaturas necessárias para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa apurar as circunstâncias do aborto realizado em uma menina de 11 anos. Agora, o documento deve ser apresentado à Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
O pedido da deputada é de cunho moral e não legal e viola a lei prevista no código penal que estabelece o aborto legal para casos de estupro e risco de vida da mulher, em ambos a menina se enquadra.
Recebemos no JTT – A Manhã com Dignidade para conversar sobre o tema, Erli Camargo, do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH-SC), Maria del Carmen Cortizo, participante do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) e Rosaura Rodrigues, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM-SC).
Esse não é um caso isolado, faz parte de um projeto de fortalecimento do conservadorismo em diversos níveis e que não se restringe ao nosso país, coincidiu por exemplo, com a suspensão da lei que permitia o aborto pela Suprema Corte dos EUA.
Acontecimentos como esse nos obrigam a refletir e lutar pelo direito ao corpo, à vida e à infância, por educação sexual nas escolas e pelo fim da cultura do estupro.
Assista à entrevista completa no link abaixo:
O pedido pela CPI ñ é inaceitável. Desde quando aborto é algo positivo para sociedade? Realmente a cultura do estupro deve ser combatida ao máximo, mas a cultura do aborto também deve ser. O estupro que desencadeia uma gravidez tem duas vítimas, a pessoa que sofreu a violência sexual e o feto que foi gerado. E as duas vítimas devem ser preservadas!