Após ser convidada pelo presidente para ser acolhida em território brasileiro, governo boliviano caracterizou a proposta de Bolsonaro como “inapropriada ingerência em assuntos internos” e disse que abrirá um processo contra o Brasil.
Durante uma entrevista ao programa “4 x 4” Bolsonaro revelou o plano de acolher a ex-mandatária.
Segundo a mídia, esse contraponto tem sido usado pelo governo boliviano para concluir que a renúncia do então presidente, Evo Morales, em novembro de 2019, foi um golpe de Estado arquitetado com a cumplicidade de agentes externos.
Dessa suposta conspiração internacional teriam participado, de acordo com os aliados de Evo Morales, o Brasil, o Equador, a União Europeia e os Estados Unidos.
“Lamentamos as desafortunadas declarações do presidente do Brasil, que são absolutamente impertinentes, constituem uma inapropriada ingerência em assuntos internos, não respeitam as formas de relacionamento entre Estados e não coincidem com as relações de boa vizinhança e de respeito mútuo entre Brasil e Bolívia”, afirmou.
De acordo com o jornal, para conceder o asilo, o mandatário brasileiro disse que o processo dependeria do consentimento do governo boliviano. Disse, ainda, que conversou sobre o assunto com alguns líderes da América Latina durante a Cúpula das Américas, citando o argentino Alberto Fernández, aliado do atual governo da Bolívia.
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