A tentativa de destruição dos povos indígenas, assim como, do meio ambiente é extremamente enraizada por ‘valores’ capitalistas. Tendo em vista a complexidade da situação, os povos indígenas ampliam sua luta para, um dia, alcançar leis que sejam verdadeiramente mecanismos de proteção a vida.
Esteve presente no JTT-Manhã Com Dignidade desta quarta-feira (22), na coluna ‘Ecoconsciência’ de Paulo Horta, o escritor e estudioso residente na Àustria, Edson Krenak, para falar sobre o assunto.
O indígena observa que os povos indígenas, numa perspectiva histórica tem alcançado vitórias. Há muita luta, resistência e muitos guerreiros se dedicaram para chegar em 1988 com direitos dos povos originários reconhecidos. Estes, profundamente ligados à terra.
Consequências
Todos os ataques ao meio ambiente, assim como aos povos originários, geram consequências. Entre elas: mudanças climáticas e aquecimento global. Para Edson, os povos indígenas mostram a séculos que eles são os melhores protetores, guardiões do meio ambiente. Isto, porque os povos indígenas têm como princípio viver em harmonia com o ambiente. Não porque são donos das terras, mas, porque se sentem pertencidos à terra.
Por isso, atualmente, a defesa é pela existência de todas às espécies. A defesa das terras não se refere somente aos seres humanos, mas também, a fauna e flora, aos rios, animais, montanhas, plantas.
“A defesa do território não é a defesa da nossa própria casa, mas é a defesa da casa de todas às espécies, é o direito das espécies de viverem”, destaca.
Nesta estrutura colonialista, prevalecem os acordos com empresas e corporações que somente visam o lucro. “Nessa ganância esquecem a importância da vida”, conclui Edson.
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