Segundo a pesquisadora do Cesteh/Ensp/Fiocruz (Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana), Ariane Leites Larentis, no JTT-Manhã Com Dignidade de quarta-feira (18), a dengue, uma das doenças mais propagadas no período atual, em várias localidades, está relacionada com o atual cenário econômico e extrativista no Brasil do agro-negócio. Historicamente, o uso de agrotóxicos agride a nossa terra. Enquanto isso, continuamos ver, que a incidência de doenças continua.
O que há de controverso nisso? Fica evidente que a vida e saúde de brasileiros e brasileiras é menos importante que o lucro capital gerado pela indústria do veneno. “O resultado que temos é não resolução, contaminação do ambiente e precarização do estado de saúde das pessoas”, explica.
Para o agente de combate às endemias do município de Duque de Caxias, RJ, Marcos Rogério da Silva que atua diretamente com as comunidades, o saneamento básico e o uso de inseticidas implica muito nesta situação. “Hoje, nós vemos vários trabalhadores com problemas hormonais, infertilidade, câncer, filhos com deformações”, explica.
A população deve ser orientada pelos agentes que realizam visitas. Se trata de educação. Marcos destaca: “É ter atenção e zelar pelo seu ambiente”.
“Não tendo saneamento e a gente continuando comprar agrotóxicos, a gente só vai piorar o cenário. Então o que a gente precisa fazer? Nós como população precisamos questionar este modelo, unidos entre entidades, sindicatos, academia pensar como a gente faz a educação entre nós”, conclui, Ariane.
Assista à entrevista completa abaixo:
“É necessário colocar o alimento como centro de nossas vidas”, enfatiza pré-candidata Luci Choinacki