Neste próximo domingo, dia 15, relembramos os 74 anos da Nakba – a catástrofe, data que marca a expulsão de pelo menos 750 mil palestinos de suas terras, em 1948, pelas milícias de europeus sionistas que fundaram ilegalmente o estado de Israel.
Todos os anos, na Palestina e em vários pontos do mundo, palestinos e simpatizantes da causa promovem atos públicos para reivindicar o fim da ocupação militar e cobrar de autoridades e organismos internacionais medidas efetivas para barrar os crimes de lesa-humanidade de Israel.
As manifestações deste ano serão marcadas também por pedidos de justiça para Shireen Abu Aqla, jornalista palestina que foi brutalmente assassinada, na quarta-feira (11), pelo exército de Israel.
Aqui no Brasil, os atos estão sendo organizadas pela FEPAL, por outras entidades e grupos ligados à causa, como a Juventude Sanaúd, e pelas próprias comunidades palestinas espalhadas pelo país.
Israel fora da ONU já!
Na programação deste ano, a FEPAL reforçará sua campanha “Israel fora da ONU já!”, lançada no último dia 18 de abril.
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Na nota pública de lançamento, a FEPAL enumera os principais motivos pelos quais Israel tem de ser excluído da Organização das Nações Unidas por historicamente rejeitar as resoluções da própria entidade e de todo o direito internacional aplicáveis à Palestina.
Às inúmeras ilegalidades jurídicas e crimes, soma-se também a recente escalada da violência contra os palestinos em Jerusalém, com o confisco de terras e a demolição de casas, e mais recentemente os brutais ataques a fiéis cristãos e muçulmanos durante as comemorações da Páscoa e do mês sagrado do Ramadã.
Este ano ainda, mais um organismo internacional de direitos humanos, a Anistia Internacional, classificou o regime de segregação racial e controle de Israel contra os palestinos como apartheid – juntando-se a outros órgãos humanitários com o HRW e o B’Tselem.
Confira como foi a programação da FEPAL na Nakba 73
Para o presidente da FEPAL, Ualid Rabah, está na hora de a população brasileira começar a enxergar a situação da Palestina e o drama de seu povo para além das ideologias e dos mitos criados em torno da ideia de “Terra Prometida” ou da imagem de prosperidade e estabilidade que a imprensa hegemônica no país vende sobre Israel.
“Respeitamos a fé e as concepções de mundo de todos – cristãos, judeus, muçulmanos, evangélicos, todos –, mas isso não pode servir para legitimar um Estado criminoso e supremacista que promove um verdadeiro massacre contra a população originária da região, a palestina, em prol de um projeto colonial que não tem nada de religioso”, avalia. “Tem a ver com dinheiro, poder e influência”.
Em agendas recentes por Porto Alegre, Bagé e Santana do Livramento, Ualid vem divulgando a campanha para a exclusão de Israel da ONU e buscando aliados que possam promover ações de apoio em espaços legislativos e também entre a sociedade civil.
“Neste momento de tantos desafios, internos e externos, o Brasil precisa mostrar que é contra qualquer ideal supremacista, que é contra o racismo e intolerância religiosa, que é contra todo tipo de retrocesso”, disse. “O Brasil precisa mostrar que é contra o apartheid”, pontua. “E por isso convidamos todos e todas a se juntarem a nós nos atos em memória da Nakba neste dia 15 de maio”.
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