A literatura é um conjunto de obras literárias de reconhecido valor estético, pertencentes a um país, época, gênero etc. O professor de História da UFSC, Waldir José Rampinelli, escreveu durante a pandemia da Covid-19, “Os botões da batina”, obra inspirada em “O Ateneu”, de Raul Pompéia. Com prólogo de Tânia Ramos e ilustrações de Frank Maia, o livro ficcional potencializa o debate quanto a realidade de seminários católicos que criaram padres com muitos problemas, carregados de dogmas, opressão, demonização da mulher e castração da sexualidade.
No JTT-Manhã Com Dignidade desta quarta-feira (11), o autor contou que em seu livro retrata sua realidade, simultaneamente dos demais. Isto porque aprendeu com Lima Baretto que “a literatura tem que ser militante”. Rampinelli entende que os literários têm que ser semeadores de ideias no contexto social e histórico. Ainda destaca: “Nós temos que nos rebelar nessa sociedade sim”.
O seu objetivo foi levantar, com deuses por dentro para fazer um estrago grande. Rampinelli foi mandado para o seminário “Nossa Senhora de Guadalupe”, no sul de Santa Catarina, aos 9 anos. Por isso, a obra mistura história, inspiração da literatura e memórias dos anos de 1959 a 1974, período em que o docente estudou na entidade.
Rampanelli, ainda reflete sobre o cenário político, onde a religião está presente. Para ele, a religião não deve entrar na esfera pública. Além disso, defende que “a política tem que gerar nossas relações, não a religião”.
O Lançamento do livro “Os botões da batina” será na próxima semana no Palácio Cruz e Souza, Florianópolis. A obra também pode ser adquirida no site da editora Insular, por R$ 44,00.
Assista à entrevista completa abaixo:
“Em terra de cego, quem tem olho é expulso” produtor cultural, Antonio Floriano