Redação
A chapa Lula-Alckmin ou a urgência de ser anticapitalista, foi esse o tema da conversa do JTT – Manhã com Dignidade desta quinta-feira, com o diretor do Portal Opera Mundi, Breno Altman.
A escolha de Alckmin como vice do Lula parte de um cálculo político-eleitoral. Busca-se com essa guinada para a centro-direita melhores condições para derrotar o Bolsonaro. No entanto, segundo Breno, esse cálculo não tem indício de que a aliança ganhará mais espaço eleitoral. Antes do anúncio do vice, em novembro, Lula obteve 43% de intenções de voto no primeiro turno, número expressivo. Além disso, não há comprovação de que o Alckmin vá ajudar na governabilidade do país se a chapa for eleita.
A indicação do nome do Alckmin pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores não tem chance de se modificar politicamente no encontro nacional do PT daqui 40 dias. O Diretório já fez uma antecipação da decisão. O fato concreto, diz Breno, “é que a candidatura do Lula tem o Alckmin como vice”. O debate agora é qual o programa político que vai ter essa aliança.
Na chapa com Alckmin não se coloca nenhuma possibilidade de caráter anticapitalista. Passamos por uma grande crise do neoliberalismo, onde o mundo vive uma situação agônica do ponto de vista social, ambiental e econômico, onde a vida piora e muito. Neste cenário, quais as medidas que vão ser tomadas pela chapa para controlar a inflação? O que vai ser feito em relação as reformas trabalhistas, da previdência e o teto de gastos? “São essas as questões fundamentais que dizem respeito à vida das pessoas” diz Breno Altman.
A separação e a escolha do PT de lutar contra o Bolsonarismo agora e contra o neoliberalismo quando der é um perigo para a vida da classe trabalhadora.
Assista a entrevista completa abaixo:
