Redação
O JTT – A Manhã Com Dignidade entrevistou Jahy Pronsato, coordenador do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) de Santa Catarina, sobre a prorrogação da Lei do Despejo Zero.
A importância da Lei do Despejo Zero é evidente quando revelam-se os números, como apresentou Jahy Pronsato: foram 132 mil famílias ameaçadas de despejo durante a pandemia e 27 mil despejadas no mesmo período.
Com o alto custo de vida, dos aluguéis, dos alimentos e da energia, além do número alarmante de desempregados a pergunta que fica: para onde vão essas famílias?
Em Florianópolis, capital catarinense, são 24 mil famílias no déficit habitacional. Um problema que poderia ser resolvido se os mais de 40 mil imóveis que estão abandonados, ou seja, não cumprem a função social, fossem destinados a resolver o problema da falta de moradia. Ao contrário, servem para o enriquecimento de grupos poderosos da cidade, fortalecendo a especulação imobiliária, como explica o coordenador do MLB, Jahy Pronsato.
“A Lei do Despejo Zero é fruto de muita luta e mobilização dos movimentos sociais e dos parlamentares progressistas” afirma Jahy e pontua que a prorrogação da Lei até junho deste ano é uma vitória que os movimentos sociais obtiveram após as mobilizações do último dia 17 em que, nacionalmente, os movimentos que lutam pela moradia ocuparam as ruas denunciando a política de ameaça às ocupações e às famílias pobres e reivindicando a manutenção da Lei do Despejo Zero.
Jahy lembra que, embora a prorrogação esteja garantida, isso não evita que ocupações sejam reintegradas. É o caso da Ocupação Anita Garibaldi, localizada em Florianópolis, que tem a reintegração autorizada pelo desembargador que anteriormente havia concedido a suspensão.
Acompanhe a luta pela moradia no Portal Desacato e assista a entrevista completa no vídeo abaixo: