Lygia Fagundes Telles morre aos 98 anos em SP

De acordo com Juarez Neto, da Academia Brasileira de Letras, a escritora faleceu em casa, de causas naturais

Foto: André Lessa/Reprodução

escritora Lygia Fagundes Telles morreu aos 98 anos na cidade de São Paulo. Lygia era integrante da Academia Brasileira de Letras desde a década de 80 e já recebeu os prêmios Camões e Jabuti. De acordo com Juarez Neto ao G1, da Academia Brasileira de Letras, ela faleceu em casa, de causas naturais.

Lygia recebeu vários prêmios ao longo da carreira, tais como o Camões (2005), e o Jabuti (1966, 1974 e 2001). Ela tem obras traduzidas em pelo menos nove idiomas.

Suas obras estão disponíveis para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco, português de Portugal, além de adaptações de suas obras para o cinema, teatro e TV.

A acadêmica é considerada uma das grandes referências no pós-modernismo, enquanto suas obras retratam temas como a morte, o amor, o medo e a loucura, além da fantasia.

Seu primeiro livro de contos, de nome “Porões e sobrados”, foi lançado em 1938. Lygia era a quarta ocupante da Cadeira nº 16 da ABL, tendo sido eleita em outubro de 1985, na sucessão de Pedro Calmon.

A escritora também era formada em Direito, tendo cursado a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco. Ganhadora de prêmios como o Jabuti e Camões, em 1977, em plena ditadura militar, é uma das autoras do manifesto dos intelectuais contra a censura.

Contribuiu para diversas áreas da arte brasileira. É a autora, por exemplo, de “Ciranda de pedra”, obra publicada em 1954. A publicação foi adaptada para televisão em 1986, pela TV Globo, em formato de novela escrita por Janete Clair, com a colaboração de Dias Gomes.

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