Por Lucas Vasques.
Conhecido pela truculência e pelo fato de ter quebrado uma placa em homenagem a Marielle Franco, o deputado estadual bolsonarista Rodrigo Amorim (PSL-RJ) vai arrumar emprego para Fabrício Queiroz.
Amorim declarou que vai convidar o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para ocupar uma vaga em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Queiroz, apontado como um dos pivôs do escândalo das rachadinhas no gabinete do filho do presidente, quando Flávio era deputado estadual, já disse que deseja se candidatar a deputado federal este ano.
“Agora, os deputados do PSOL não precisarão mais perguntar ‘cadê o Queiroz’, pois ele estará no meu gabinete”, afirmou Amorim, em tom de provocação, em entrevista à Crusoé.
O bolsonarista acha que não existe nenhum impedimento legal para a nomeação do ex-assessor de Flávio.
“Ao que me consta, Queiroz não foi condenado a nada. É ficha limpa. Queiroz contribuirá muito na relação do meu mandato com as forças de segurança”, acrescentou Amorim, cinicamente.
Queiroz foi um dos convidados para aniversário de Amorim
A amizade de Amorim e Queiroz é antiga. No início de dezembro de 2021, por exemplo, o homem das rachadinhas e ex-braço direito de Flávio Bolsonaro foi um dos convidados para a festa de aniversário do deputado.
Descontraído, Queiroz foi um dos mais fotografados durante o evento, realizado na quadra da Escola de Samba Salgueiro, no Rio de Janeiro.
Em uma das fotos, ele aparece ao lado de várias pessoas e faz o gesto de “coraçãozinho”, em homenagem ao amigo aniversariante.
Ao menos 1.300 pessoas, entre vereadores e deputados, participaram da feijoada de Amorim e de seu irmão, o vereador Rogério Amorim (PSL-RJ).
“Não faço política com traição ou abandono, o Queiroz foi importante na campanha de 2018, bem como na de 2016, quando fui vice na chapa de Flávio Bolsonaro. Jamais vou tratá-lo com ingratidão, haja o que houver. Se o Ministério Público considera que ele deve alguma explicação à Justiça, que seja feito na forma da lei. Mas não se deixa um soldado para trás”, afirmou Amorim à época.