O atentado que resultou na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes completa quatro anos nesta segunda-feira (14) sem que as investigações tenham elucidado o duplo homicídio, apesar da prisão dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz que foram apontados como executores do crime. “Posso garantir que faz quatro anos que não tenho uma noite de paz na minha vida”, disse Mônica Benício (PSOL), a viúva de Marielle, em entrevista ao Metrópoles.
Mônica disse que apesar do cansaço e do desânimo com o andamento das investigações, ela não acredita que o caso não seja elucidado. “Não cogito a possibilidade de esse assassinato não ser elucidado. Mas é desanimador, cansativo e muito preocupante chegar ao marco de quatro anos sem a resposta de quem foi que mandou a Marielle e por quê”, afirmou. Segundo ela, que se elegeu vereadora em 2020, o objetivo agora é manter o legado da ex-companheira “para que Marielles possam florescer e viver suas vidas plenas e não as terem ceifadas por uma política machista”.
“Estou cansada de fazer reuniões protocolares, para instituições dizerem que estão trabalhando, mas que não podem me apresentar resultados. Quatro anos depois, o sentimento pra mim é que o governador Cláudio Castro é muito incompetente ou que há muita má-fé nisso”, desabafou.
“Já houve a quinta troca de delegado. O que o Estado brasileiro diz hoje, enquanto não responde quem mandou matar Marielle, é que tem um grupo político capaz de assassinar como forma de fazer política e que isso é passível de impunidade”, ressaltou Mônica ao jornal.