A partir de 2013, todo estudante que ingressar na UBA (Universidade de Buenos Aires) terá uma tarefa adicional para obter o diploma de conclusão de curso. Uma das instituições de ensino mais tradicionais da Argentina estipulou que os alunos de todos os cursos terão de cumprir um mínimo de 40 horas de trabalhos comunitários ou de educação solidária nas áreas mais carentes da capital e redondezas como atividade curricular obrigatória.
Cada atividade seria correspondente ao curso em que o aluno estuda. A maioria dos estudantes se mostrou favorável com a medida. O projeto era desenvolvido pela UBA desde 2010. Para os matriculados antes de 2013, essa atividade será apenas voluntária.
De acordo com o reitor da UBA, Rubén Hallu, “a produção de conhecimento da universidade deve contemplar as particularidades da sociedade na qual ela está inserida”, além de “detectar os problemas e desafios, oferecer respostas e realimentar a criação de novos conteúdos”.
”Como não há cobrança envolvida, muitos alunos ficam estagnados durante anos nas universidades, mudando de curso uma vez ou outra. Em alguns departamentos, sobram cartazes com a figura de Che Guevara, mas quem os coloca na parede muitas vezes nunca pisou em um bairro carente”, diz Maximiliano Uribe, sociólogo formado pela faculdade. Para ele, o que será exigido aos alunos é pouco em comparação com o que recebem do ensino público gratuito.
Em entrevista ao jornal Clarín, o secretário de Extensão Universitária e Bem-Estar estudantil afirma que “as atividades se desenvolverão fora de aula e se diferenciam de outras iniciativas solidárias”. Como exemplo, García diz que um estudante de medicina poderia ajudar na recuperação de pacientes que já passaram por algum tipo de tratamento.