Palestinos e ONGs saúdam relatório da Anistia sobre apartheid de Israel

Uma manifestante segura uma placa com os dizeres ‘Pare o apartheid israelense’ durante um protesto em solidariedade aos palestinos, em 15 de maio de 2021 [Wojtek Radwandki/AFP/Getty Images]

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina saudou hoje o relatório da Anistia que classificou Israel como um estado de apartheid, pedindo que o Estado de ocupação seja responsabilizado por suas práticas contra os palestinos.

“O relatório é uma afirmação detalhada da cruel realidade de racismo arraigado, exclusão, opressão, colonialismo, apartheid e tentativa de apagamento que o povo palestino sofreu desde a Nakba”, disse o ministério em comunicado.

Ele pediu às Nações Unidas que “atentem às evidências convincentes apresentadas pela Anistia” e responsabilizem “Israel por seus crimes contra o povo palestino, inclusive por meio de sanções”.

Leia mais: Minha resposta aos ataques de sionistas que não representam milhares de judeus humanistas do Brasil – Parte I.

Isso ocorreu depois que a Anistia divulgou seu relatório durante uma coletiva de imprensa em Jerusalém Oriental ocupada, em que disse que as políticas de Israel na Cisjordânia ocupada, Negev e além “todas equivalem a um sistema e crime de apartheid”.

O movimento palestino Hamas disse que o relatório mostra a trágica realidade do povo palestino sob ocupação israelense.

“O relatório descreve a verdadeira realidade trágica de nosso povo palestino sob a ocupação [israelense]”, disse o porta-voz do grupo, Hisham Qasem, em um comunicado.

O grupo de direitos humanos de Israel B’Tselem, por sua vez, saudou o relatório como uma “grande adição aos relatórios anteriores” sobre as práticas de apartheid de Israel.

“Esse é um passo essencial na luta para mudar essa realidade, em direção a um futuro no qual todas as pessoas que vivem aqui possam desfrutar de justiça, igualdade e respeito por seus direitos humanos”, afirmou em comunicado.

O grupo de direitos humanos criticou as críticas israelenses ao relatório do ministro das Relações Exteriores, Yair Lapi, que o descreveu como “tendencioso e antissemita”.

“Nivelar acusações de antissemitismo contra qualquer pessoa que critique o regime israelense – inclusive contra organizações de direitos humanos – é uma afirmação manipuladora que mina a crucial luta global contra o antissemitismo e ofende a memória de suas vítimas ao longo da história”, disse o B’Tselem.

B’Tselem publicou seu relatório destacando as práticas de apartheid de Israel no início do ano passado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.