Por Socorro Gomes*
As medidas estadunidenses já massacram o povo cubano há mais de sessenta anos, impondo dificuldades impensáveis ao acesso a suprimentos e equipamentos para a produção de bens necessários e até mesmo médico-hospitalares, como a falta de seringas para a aplicação de vacinas durante esta pandemia comprovou. Fica ainda mais evidente quão desumano é o bloqueio estadunidense e criminosa a cumplicidade daqueles que o implementam, mas também o seu isolamento no âmbito das Nações Unidas: já são 29 resoluções condenando o bloqueio aprovadas por mais de 180 nações ao longo dos anos, representando a imensa maioria dos povos do mundo.
No governo de Donald Trump, o bloqueio foi intensificado e aprofundado, com mais de 240 novas medidas implementadas e que até hoje não foram suspensas pelo governo do Democrata Joe Biden. Portanto, a persistência da política externa imperialista dos EUA segue almejando punir o povo cubano por sua valente resistência na defesa da sua autodeterminação revolucionária. Mas mesmo diante da tentativa constante de destruir o Estado, o governo e a Revolução Cubana, o império continua perdendo.
Cuba não só resiste como demonstra ao mundo o exemplo de humanismo, de solidariedade e fraternidade com outras nações, além de um empenho desmedido na melhoria da vida da sua própria população através da garantia de direitos básicos como o acesso à saúde, à educação, à cultura e a um futuro mais digno, como com o desenvolvimento científico que hoje possibilita a Cuba apresentar três vacinas em fase avançada de aplicação e mais duas em processo de testes. São feitos que, somados às demais conquistas que o povo cubano consolida e compartilha com o mundo, evidenciam a natureza do governo cubano em contraste com a do imperialismo estadunidense, que tenta sufocar a revolução por todos os meios e ainda assim fracassa.
Neste momento de desafios redobrados, manifestamos nosso apoio irredutível a Cuba, que lidará com tais desafios de forma soberana e em exercício do seu legítimo direito à autodeterminação, face às tentativas reiteradas de desestabilização e de criação de uma crise social, tática privilegiada pelos EUA sempre quando fracassa em derrubar um governo insubmisso por outros meios. Cuba busca aprofundar e avançar na consolidação das suas conquistas pela emancipação do seu povo, um povo comprometido com a Revolução e a sua libertação do jugo do império e, por isso, Cuba vencerá!
*Socorro Gomes é a presidenta do Conselho Mundial da Paz.