A Frente Unitária dos Trabalhadores (FUT) anunciou que as ações de protesto contra o governo nacional, anunciadas dias atrás, retornarão após o feriado nacional de cinco dias que começa nesta sexta-feira, 29 de outubro, no Equador.
O presidente da entidade, Ángel Sánchez, em entrevista coletiva realizada na quarta-feira também alertou sobre uma possível greve nacional por tempo indeterminado.
Segundo o dirigente, esta decisão deve-se ao facto de o Presidente Guillermo Lasso ter expedido o Decreto 239, vinculado à reforma do Regulamento Geral da Lei Orgânica do Serviço Público de Energia Eléctrica.
Além disso, exigiu que a Assembleia Nacional qualifique o projeto de lei do trabalho apresentado nas semanas anteriores pelas organizações de trabalhadores.
En #Ecuador en medio de una crisis política y económica y pese al estado de excepción continuaron las protestas en todo el país contra los aumentos y las políticas neoliberales de #GuillermoLasso cuya aprobación cayó 20 puntos tras aparecer su nombre en los #PandoraPapers pic.twitter.com/Suw0Ms8jCO
— Jorge Gestoso (@JorgeGestoso) October 28, 2021
Por sua vez, camponeses da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) bloquearam estradas em dez das 24 províncias equatorianas na véspera, no segundo dia de protestos contra as medidas do Executivo.
Os manifestantes bloquearam a passagem de veículos em Pichincha, Imbabura, Cotopaxi, Carchi, Los Ríos e Guayas. Enquanto isso, Lasso convidou Conaie à noite para falar no Palácio Carondelet em 10 de novembro.
No entanto, a organização decidiu estender o protesto, impulsionada principalmente pela alta nos preços dos combustíveis. Cerca de 37 detidos, cinco policiais feridos e dois soldados detidos pelos manifestantes foram o saldo do primeiro dia de manifestações, segundo o governo.