Devido à guerra no Iêmen, mais de 74 mil pessoas sofreram deslocamento desde o início de 2021, confirmou ontem (12) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
“Entre 1° de janeiro e 9 de outubro de 2021, a Matriz de Monitoramento de Deslocamento (DTM) no Iêmen registrou 12.413 residências, totalizando 74.478 indivíduos, que vivenciaram deslocamento ao menos uma vez”, detalhou um relatório.
Entre 3 e 9 de outubro, ao menos 504 residências e 3.024 indivíduos foram deslocados.
“O maior número de pessoas deslocadas foi identificado nas províncias de Marib, Shabwa e al-Bayd”, destacou a agência integrada às Nações Unidas.
Desde fevereiro de 2021, rebeldes houthis intensificaram ataques em Marib, um dos principais bastiões do governo reconhecido internacionalmente. A região é conhecida também por possuir reservas de petróleo e gás natural consideráveis.
O Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio, é assolado por guerra civil há quase sete anos. Estima-se que 233 mil pessoas morreram e que 80% da população — 30 milhões de pessoas — tornou-se dependente de assistência internacional para sobreviver.
A ONU descreve a conjuntura iemenita como a pior crise humanitária do mundo.
O conflito agravou-se em março de 2015, quando uma coalizão saudita interveio no país, em apoio ao governo aliado contra grupos tribais ligados a Teerã, que capturaram diversas províncias estratégicas, incluindo a capital Sanaa.
Em vez de se preocuparem com um povo inexistente, deveriam cerrar fileiras para com eles