A última vez foi há apenas três dias, quando Bolsonaro voltou a afirmar a mentira de que a vacina “não tem comprovação científica”. Há uma semana, o presidente disse que “está muito melhor do que quem tomou CoronaVac” e que quem se vacinou com o produto “está morrendo” – embora a imunização seja responsável pela queda vertiginosa das mortes por coronavírus no país.
Na fala de 5 minutos nesta manhã, feita na reunião por videoconferência com os demais líderes do bloco de emergentes, Bolsonaro ressaltou que “parcela expressiva das vacinas oferecidas à população brasileira é produzida com insumos originários da China”. Ele destacou o “bom estado” das relações bilaterais com o regime comunista de Pequim. Há 12 anos, a China é a maior parceira comercial do Brasil – em 2020, os chineses responderam por mais de 28% de tudo que foi importado ou exportado pelo país.
Bolsonaro também saudou as relações com os demais países dos Brics, em especial Índia – governada pelo primeiro-ministro de extrema direita Narendra Modi – e a Rússia – sob as mãos de ferro de Vladimir Putin.
Pelo segundo ano consecutivo, a cúpula do bloco acontece à distância, devido às restrições pela pandemia de Covid-19. O tema estará no foco das discussões, assim como a situação no Afeganistão, o combate ao terrorismo, a tecnologia e o desenvolvimento sustentável. Este ano, o grupo comemora 15 anos de existência.