Andrielle, mulher preta, teve sua filha Susi recém nascida afastada pelo Conselho Tutelar. Ainda no Hospital Universitário (HU) de Florianópolis, onde o bebê nasceu, o Conselho Tutelar retirou a criança dos cuidados da mãe sem nenhuma decisão judicial e sem diálogo com a família.
O processo iniciado é de destituição do poder familiar, o que significa que o bebê não é passado para outro membro familiar mas sim levado a um abrigo por três meses. Passados os três meses, é recorrente que muitas mães tentem buscar seus filhos e descobrem que eles foram adotados.
O processo está sendo realizado com um julgamento do histórico da mãe, sem relatos da sua situação atual, em que contava com uma casa e uma rede de apoio. Segundo Gabriel, “o Judiciário, o Ministério Público, o abrigo de crianças e o Conselho Tutelar são quatro instituições que pisam nas mulheres e as culpam de todas as mazelas que elas passam dentro de contextos de extrema vulnerabilidade social. A politica da criança e da mulher precisam andar em paralelo”
Pelo direito a amamentação e visitas, a defensoria entrou com um recurso baseado na importância da amamentação e da aproximação da criança e da mãe durante o processo.
Em resposta às ações do Conselho Tutelar, segunda-feira (9/8) foi realizado um ato no Largo da Alfândega em apoio à Andrielle.
Assista à entrevista: