Ato no Vale do Ribeira em defesa das terras indígenas contra o Marco Temporal e o PL 490

O ato também repudia e não reconhece a permanência do Marcelo Xavier na presidência da Funai, bem como a nomeação de Joaquim Álvaro Pereira Leite, que assumiu na semana passada o Ministério do Meio Ambiente após a demissão de Ricardo Salles. Ambos representam o setor ruralista e do agronegócio.

Foto: Amanda Signori/Cimi Regional Sul

Por Assessoria de Comunicação do Cimi.

Na manhã desta terça-feira, 29/06, o povo Guarani se manifesta no Vale do Ribeira, em SP. Cerca de 300 indígenas vindos das aldeias do município de Miracatu, Tapiraí, Sete Barras, Pariquera-Açu, Registro, Eldorado, Iguape e Cananeia, fecham a BR 116 Régis Bittencourt, na altura do km 377, em protesto contra o Marco Temporal e o Projeto de Lei (PL) 490/2007, que ameaçam as demarcações das terras indígenas.

Assista a fala de lideranças durante o ato:

O ato também repudia e não reconhece a permanência do Marcelo Xavier na presidência da Funai, bem como a nomeação de Joaquim Álvaro Pereira Leite, que assumiu na semana passada o Ministério do Meio Ambiente após a demissão de Ricardo Salles. Ambos representam o setor ruralista e do agronegócio. A família do novo ministro é tradicional produtora de café e pleiteia área dentro da Terra Indígena Jaraguá, na região metropolitana de São Paulo.

Foto: Amanda Signori/Cimi Regional Sul

Os Guarani dão sequência à mobilização de mais de 20 dias do acampamento Levante Pela Terra, realizado em Brasília, onde mais de 1000 pessoas, entre parentes indígenas de diversas etnias vindos de várias regiões do Brasil, além de amigos aliados, realizaram manifestações espirituais e protestos pelas ruas lutando pelos seus direitos constitucionais.

Com o início do mandato de Jair Bolsonaro se intensificaram as ameaças no Vale do Ribeira que vem sendo afetado por políticas anti-indígenas e contrárias à vida de indígenas, quilombolas, caiçaras, caboclos e agricultores familiares. Muitas comunidades seguem tentando o processo de regularização fundiária dos seus territórios, mas o que existe é negligência e morosidade nesse processo por parte do estado, que desrespeita a constituição federal e também a Convenção 169.

Foto: Amanda Signori/Cimi Regional Sul

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SAIBA MAIS
https://cimi.org.br/tag/marco-temporal/
https://cimi.org.br/2021/05/pl-490-ataca-direitos-territoriais-indigenas-inconstitucional-analisa-assessoria-juridica-cimi/
https://reporterbrasil.org.br/2019/09/com-apoio-de-irmao-de-bolsonaro-ruralistas-tentam-impedir-demarcacao-de-terras-indigenas-em-sp/

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