A professora Débora Peres Menezes, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi eleita presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF), a maior sociedade científica, em número de sócios, do Brasil. Os resultados foram divulgados na última quinta-feira, 18 de junho, e a posse da diretoria eleita está agendada para 16 de julho.
Com isso, Débora se tornou a primeira mulher eleita para o cargo na SBF. Antes dela, a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Belita Koiller foi eleita vice-presidente e assumiu a presidência por um período, em 2016, quando o então presidente, Ricardo Galvão, deixou o cargo para assumir a diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Débora possui graduação em Física (bacharelado e licenciatura) pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado pela mesma instituição, doutorado pela University of Oxford, na Inglaterra e pós-doutorado pela Universidade de Coimbra, Portugal, além de estágio sênior pela Sydney University (Austrália) e pela Universidade de Alicante (Espanha). Desde 1992, é docente da UFSC.
A professora integra o Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) – Física Nuclear e Aplicações e a Comissão de Física Nuclear da International Union of Pure and Applied Physics. Também já participou do Comitê Assessor de Física e Astronomia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Comissão de Física Nuclear e Aplicações da SBF, do Grupo de Trabalho sobre Questões de Gênero da SBF e, entre 2008 e 2012, foi pró-reitora de Pesquisa da UFSC. Em 2012, foi contemplada com a Medalha e Diploma de Mérito Francisco Dias Velho pela Câmara Municipal de Florianópolis.
Simultaneamente às atividades de ensino e pesquisa, Débora se dedica ativamente à divulgação científica. Ela é responsável pelo canal do Youtube Mulheres na Ciência, que busca levar ao público diversos tópicos científicos de forma descomplicada e objetiva por meio de filmes curtos produzidos e protagonizados por cientistas e estudantes mulheres. Os vídeos têm um papel de contribuir com o letramento científico dos brasileiros, de divulgar pesquisas de ponta e de lutar contra o falso estereótipo de gênero que enxerga mulheres como menos competentes do que os homens.