Por Claudia Weinman, para Desacato. info.
Nesta terça-feira, dia 16 de fevereiro, São Miguel do Oeste, cidade situada ao Extremo-oeste de Santa Catarina, registrou o 22º óbito de paciente por covid-19. Segundo informado pela gestão do município, por meio da Vigilância Epidemiológica e Comitê de Crise da covid-19: “O paciente era um homem residente no município, com 59 anos de idade, que estava internado no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso e não tinha registro de comorbidades“. Nos 16 dias do mês de fevereiro, foram 435 novos casos de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus.
Situação é preocupante
A reportagem do Portal Desacato encaminhou algumas questões para a assessoria de imprensa do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, de São Miguel do Oeste, que atende 30 municípios do Extremo-oeste. Até a data de hoje, 16 de fevereiro, todos os leitos de UTI destinados a pacientes com covid-19, seguem ocupados.
De que forma a gestão do hospital regional tem avaliado a situação atual do município, com relação a pandemia? Pode-se dizer que a situação é grave, preocupante (sim/não)? Quais são os elementos que fundamentam a avaliação?
Entendemos que o aumento no número de casos vem ocorrendo em toda a região do grande Oeste, essa situação se torna preocupante, pois o aumento no número de caso gera mais interações e, consequentemente, aumento no número de pacientes graves que precisam de UTI. Atualmente o Hospital atende uma região de 30 municípios (Extremo Oeste) e os leitos são regulados pelo Estado de Santa Catarina. Vale lembrar a todos que estamos em meio a uma pandemia e que o momento é de muita atenção, já que passamos por uma nova onda, com hospitais superlotados.
Quantos leitos para atendimento de pessoas com covid o hospital possui? Existe a perspectiva de implantação de mais leitos? Quantos municípios o hospital regional atende? Os leitos atuais são suficientes para pacientes de covid? Se não são, como deve ficar a situação se os casos aumentarem e mais pessoas necessitarem de internação?
São 18 leitos de UTI e 16 de enfermaria, exclusivos para a Covid-19.
Não existe a perspectiva de implantação de novos leitos
São 30 municípios, mas como mencionado anteriormente, os leitos são regulados pelo Estado, por meio da Central Reguladora.
O número de leitos é o máximo que o Hospital consegue disponibilizar, tendo em vista que continuamos a atender outras patologias também, não tendo estrutura e profissionais para a abertura de mais leitos.
Caso paciente seja recebido, e não tivermos leito disponível, ele é atendido, mantido em observação, sob cuidados médicos e a Central Reguladora é quem vai dizer para aonde o paciente será transferido (Hospital no Estado com vaga).
Quais investimentos o hospital regional necessitaria para resistir a uma situação de colapso no sistema de saúde, pela pandemia?
Os investimentos a curto prazo, possíveis de serem realizados, já estão ou foram efetivados como disponibilização de leitos, compra de respiradores, EPIs e medicamentos. Os demais são a longo prazo como ampliação da estrutura, formação e contratação de profissionais da área da saúde.
Lembramos que as medidas como isolamento social, uso de máscara, higiene das mãos e cuidados com os grupos de risco são essenciais e devem ser mantidos, conforme orientações de todos os órgãos competentes, tanto nacionais quanto internacionais. São ações que não requerem investimentos e podem ser respeitadas e seguidas por todos.
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