Mais de sete meses depois de chamar a grande epidemia do coronavírus de “gripezinha”, agora o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse que a segunda onda da pandemia que já matou mais de 160 mil pessoas é uma “conversinha”.
Em 24 horas, o Brasil voltou a contabilizar altos números de contágios e mortes. Nesta quinta, foram 926 óbitos – 300 a mais do que o dia anterior, aproximando-se do 165 mil óbitos totais a causa do coronavírus.
No final de março, quando a pandemia mostrava seus primeiros números no Brasil, em conferência oficial desde o Palácio do Planalto, Bolsonaro dizia que não se preocuparia caso fosse contagiado, não sentiria nada mais do que “um resfriado ou uma gripezinha”.
Questionado sobre os números atuais, que voltam a crescer em nove capitais do país, o presidente volta a minizar: “Agora tem conversinha de segunda onda”.
Segundo ele, caso vier a segunda onda, “tem que enfrentar” porque, segundo ele, antes os ministérios eram “tudo [sic] aparelhado no Brasil” e agora estaria “funcionando, apesar dessa pandemia que nos fez nos endividar [sic] em mais de 700 bilhões de reais”.
É a segunda declaração do mandatário sobre o retorno do aumento dos casos de Covid-19 no país. Nesta terça (10), Bolsoanro disse que “tudo agora é pandemia”, que “tem que acabar esse negócio” e que o Brasil deixe de ser um “país de maricas”.