III Conferencia Municipal de Cultura de Florianópolis

     Aconteceu no Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, nos dias 19 e 20 de março a III Conferencia Municipal de Florianópolis.

    A solenidade de abertura reuniu um público expressivo na UFSC e procurou dar voz a todos segmentos. Uma mesa com representações governamentais, artistas, matrizes identitárias, instituições de ensino e iniciativa privada, falando a respeito das expectativa das propostas e conclusões da Conferencia.

    Neste dia foi anunciado lançamento dos primeiros editais municipais para a área da cultura,  onde serão contempladas 10 setores, com a distribuição de 73 prêmios totalizando R$ 1.150,000,00, valores provenientes do Fundo Municipal de Cultura.

    A partir dai foi se desenhando o grande mosaico cultural de Florianópolis  com suas diversidade culturais e artísticas e, consequente mente seus problemas os quais giram em torno da desconexão e desintegração das áreas.

    Por conta disto a formulação das propostas se tornou difícil, mas como a vontade de todos e todas de reconhecer e fortalecer a cultura do município foi maior, a plenária final ficou repleta de propostas que evidenciavam a necessidade de se fazer cultura em Florianópolis.

    Assim as propostas também tiveram a intenção de reconhecer e fortalecer a Cultura como prioridade, sem deixar de lado como temas transversais como: economia; educação; política; direitos humanos.

    As discussões se deram em três eixos (Memória, Inovação e Integração e Transversalidade), os quais elencaram demandas e formularam propostas.

    A mesa sobre “Memória,” III Conferência Municipal de Cultura de Florianópolis, demonstrou a necessidade de uma abordagem transversal da cultura.

    Assim foram construídas as propostas levadas para à plenária final:

    Vincular o Plano Municipal de Cultura ao Plano Diretor do Município;

    Criar Centros de Referência de culturas populares e tradicionais, usando como  exemplo a tecnologia implantada pelo MinC, por meio do Programa Cultura Viva e dos Pontos de Cultura.

    A mesa sobre Inovação da III Conferência Municipal de Cultura de Florianópolis elencou a necessidade de inovar para além da tecnologia.

    A impressão geral resultante do debate a da necessidade de uma secretaria própria de cultura para a capital catarinense e ao fortalecimento da Fundação Franklin Cascaes, que desde a sua criação, em 1987, não possui corpo técnico próprio.

    Ao final desta mesa, os e as participantes lançaram uma moção de repúdio dirigida ao Conselho Municipal de Cultura pela não realização do Edital de Cultura Digital em 2012.

    A mesa que tratou da Integração e Transversalidade, focou o debate na dinamização dos equipamentos culturais, criação de portais de comunicação integrados e fomento das políticas artísticas e culturais do município.

    Esta mesa de Transversalidade contou com a participação de atores culturais ligados a instituições artísticas, pontos de cultura, museu e outros. As propostas dos participantes convergiram para temáticas semelhantes, com observância nas necessidades de cada setor e os locais atendidos, ou mal atendidos, pela atual política cultural de Florianópolis.

    Dessa forma, foram levadas à Plenária propostas de Programas Estratégicos:

    Programa para atender a circuitos, espaços e equipamentos culturais, instalando e criando novos e dinamizando os já existentes. Criação de Edital Municipal de Pontos de Cultura, assim como editais e ações voltadas às Bandas de Música e criação de um centro de arte contemporânea e outros espaços públicos de excelência;

    Integrar o transporte público para facilitar a mobilidade e acesso às atividades culturais, as quais se concentram à noite e aos finais de semana (tal proposta vai ao encontro do Plano Diretor, também em discussão em Florianópolis);

    Sinalizar a existência dos espaços culturais existentes;

    Programas de aprimoramento institucional da cultura, transparência e critério para melhor distribuição dos recursos;

    Capacitação dos agentes e gestores culturais;

    Mapeamento e cartografia cultural da cidade, valorizando os artistas locais, e criação de portais de comunicação e informação.

    É importante agora que tais propostas de programas tenham acompanhamento e fiscalização dos próprios proponentes assim como de todos os munícipes para dar continuidade ao Plano Municipal de Cultura e fazer com que as propostas não fiquem somente nas promessas.

     

     

     

     

    III Conferencia Municipal de Cultura de Florianópolis

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Please enter your comment!
    Please enter your name here

    Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.