61% dos brasileiros são contrários a militares no Ministério da Saúde

Quando o general Eduardo Pazuello assumiu interinamente o Ministério da Saúde, o Brasil tinha 14,8 mil mortes confirmadas

General Eduardo Pazuello (Anderson Riedel/PR)

Por Renato Rovai.

A maior parte da população brasileira (61%) é contra a ocupação dos militares no Ministério da Saúde. Calcula-se que atualmente 25 cargos de confiança do ministério sejam ocupados por homens oriundos das Forças Armadas. Quase todos sem nenhum tipo de especialização na área médica.

Quando o general Eduardo Pazuello assumiu interinamente o Ministério da Saúde, o Brasil tinha 218,2 mil casos e 14,8 mil mortes confirmadas por Covid-19. Nesta segunda (21/7) o Brasil tinha 2.118.646 casos confirmados e 80,1 mil mortos. Praticamente 10 vezes o número de casos e aproximadamente seis vezes o número de mortos.

Além de o governo não ter tido desde 15 de maio, quando Pazuello assumiu o cargo, nenhum tipo de política para combater o coronavírus, prefeitos e governadores também reclamam que os repasses financeiros para que eles possam combater a doença não têm chegado a estados e municípios.

Pesquisa inova com metodologia

Pesquisa Fórum é realizada desde abril e está em sua quarta edição. A Revista Fórum é o primeiro veículo progressista a realizar uma pesquisa de opinião mensal e conta com o apoio dos leitores no financiamento coletivo para a sua manutenção. Quem apoia a pesquisa, recebe relatórios completos e participa da escolha das questões. Apoie aqui.

4ª Pesquisa Fórum foi realizada entre os dias 14 e 17 de julho e ouviu 1000 pessoas de todas as regiões do país. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais, para cima ou para baixo. O método utilizado é o de painel online e a coleta de informações respeita o percentual da população brasileira nas diferentes faixas e segmentos.

O consultor técnico da Pesquisa Fórum, Wilson Molinari, explica que os painelistas são pessoas recrutadas para responderem pesquisas de forma online. A empresa que realiza a pesquisa, a Offerwise, conta com aproximadamente 1.200.000 potenciais respondentes no Brasil. “A grande vantagem é que o respondente já foi recrutado e aceitou participar e ser remunerado pelas respostas nos estudos que tenha interesse e/ou perfil para participar. No caso da Pesquisa Fórum, por ser de opinião, não existe perfil de consumidor restrito, como, por exemplo, ter conta em determinado banco, ou possuir o celular da marca X. O mais importante é manter a representatividade da população brasileira, tais como, gênero, idade, escolaridade, região, renda, etc.”

Os painéis online são adotados como método de pesquisa no mundo todo, segundo Molinari. E regulamentados pelas principais associações de pesquisa. “Os painéis hoje são amplamente utilizados para pesquisas de satisfação, imagem de marca, qualidade de produtos e serviços, opinião, etc”, acrescenta.

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