247 – O novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, que já defendeu a adoção de “métodos severos” de aprendizagem, também minimizou o feminicídio ao falar da morte de uma adolescente de uma jovem de 17 anos por um homem de 33 anos, no interior de uma escola do Rio Grande do Norte, em 2013. Segundo ele, uma das hipóteses para o crime era que a jovem poderia “ter dados sinais a ele que estava apaixonada ou coisa do tipo”, “reproduzindo de forma involuntária” um comportamento sexual visto em programas de televisão.
“Ela pode ter dados sinais a ele que estava apaixonada ou coisa do tipo e que ela aprendeu, está acostumada a passar, e o cara entendeu assim, só que não era nada daquilo. E a criança pode fazer isso. E o cara, o pedófilo está pensando que a criança está querendo alguma coisa com ele, mas o que ela está fazendo é uma replicação daquilo que ela vê de maneira indevida na tevê aberta”, afirmou Ribeiro no programa intitulado Ação e Reação, disponível no YouTube desde 2013. Segundo reportagem do jornal O Globo, Ribeiro, que é pastor evangélico e possui doutorado em Educação, participou do programa como pastor convidado.
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“Acho que esse homem foi acometido de uma loucura mesmo e confundiu paixão com amor. São coisas totalmente diferentes. Ele, naturalmente movido por paixão, paixão é louca mesmo, ele então entrou, cometeu esse ato louco, marcando a vida dele, marcando a vida de toda família”, destacou.
“O que me preocupa é a erotização da criança, e a criança então com atitudes e com maneiras e trejeitos que ela vê e que ela imita provocando pessoas que entendem que a criança está querendo ter algum tipo de relacionamento com ela. Isso é uma porta aberta para tendências pedófilas que nós já vimos”, acrescentou Ribeiro.