Marchezan admite, em live no Facebook, que com a reabertura da economia “já esperava um aumento na demanda”. Deixando claro que sua reabertura para favorecer empresários abre mão das vidas das pessoas que sofrem com o novo coronavírus, em sua imensa maioria trabalhadores e pobres.
Marchezan chama de única decisão possível, caso haja sobrecarga nos hospitais, retomar medidas de isolamento social lamentando muito o novo “baque” que a economia irá sofrer. No entanto outras decisões são possíveis e necessárias, como: garantir massivamente testes para melhorar o monitoramento da contaminação; aumento de contratação de pessoal de saúde; abertura de mais leitos hospitalares; converter setores da indústria para a produção de máscaras, álcool gel e até respiradores; retomar linhas de ônibus extintas que continuaram extintas mesmo após a reabertura de quase todas as atividades econômicas (que a Carris assuma as linhas e contrate os demitidos das empresas privadas).
Muitas outras medidas podem ser pensadas para colocar as vidas à frente da economia, os capitalistas não morrerão nem sofrerão de desnutrição baixando sua imunidade, a população pobre e trabalhadora sim. Que a prefeitura garanta uma renda básica aos desempregados e mais necessitados. Que abra os diversos imóveis fechados no centro da cidade para os moradores de rua e utilize estes imóveis, bem como hotéis como centro de quarentena com alimentação adequada para que os infectados sejam isolados, monitorados e melhorem sua imunidade.
Alguém poderá perguntar, mas com que dinheiro a prefeitura fará isso? Pois bem, que confisque os bens dos grandes sonegadores de impostos da cidade, taxe as grandes fortunas e gere assim receita imediata. Óbvio que Marchezan não fará isso, pois é um representante dos interesses da sua classe, a burguesia. Somente os trabalhadores organizados podem tomar em suas mãos tais feitos e virar o jogo de ponta cabeça, tomando o controle dos hospitais, fábricas e tudo o mais pois nossas vidas valem mais do que os lucros deles.