Ele veio ao Brasil em março, para abrir uma filial brasileira da academia de tiro e táticas militares em que presta serviços em Kiev, capital do país. Foi visto na manifestação de ontem com uma bandeira nas cores vermelha e preta do Pravyi Sektor (Setor Direito), organização paramilitar de extrema-direita criada em 2013 que se tornou um partido político na Ucrânia.
A bandeira teria iniciado o confronto entre as tropas direitistas de verde amarelo e os anti-fascistas que realizaram um contra-ato, neste domingo (31).
Grande parte de sua clientela, disse a Folha, são “contratados privados” que participam de conflitos, os populares mercenários de guerra.
Esse homem, um descarado fascista, veio até o Brasil treinar a extrema-direita brasileira para atacar a esquerda e radicalizar os movimentos que vem se mobilizando pró-Bolsonaro.
Precisamos nos organizar como os americanos para dar uma resposta unificada nas ruas contra esses movimentos que querem fechar a situação na chave mais reacionária possível.
Segundo a Folha, o grupo é uma espécie de linha auxiliar do governo da Ucrânia, e atua contra rebeldes localizados no leste do país, comandados pela Rússia: “Temos vários clientes. Se o cara trabalha na área marítima, por exemplo, damos treinamento contra pirataria. Trabalhamos com iniciantes e veteranos de guerra. Desde o prezinho até o master”.
Esse bolsonarista ferrenho é a favor da liberação de porte de armas e cita como grande exemplo de quando as tropas fascistas entraram em cena armados:
“Os ucranianos armados impediram a invasão dos russos e de grupos financiados pelo [presidente Vladimir] Putin. Cidadãos que tinham armas dentro de casa foram para o front de batalha de ônibus”
Ele tem em casa fuzis AK-47, AK-74 e M4, além de uma pistola 9 milímetros e diz que
Bolsonaro está correto:
“Concordo 100%. A gente vê na Constituição americana o direito a ter armas, que todo americano defende como a vida. Os pais fundadores dos EUA disseram de modo muito claro que não queriam que tiranos tomassem o poder” (…) “O Bolsonaro tem tentado de todas as maneiras ajudar o cidadão que não tem ficha suja, que não tenha cometido crime, a ter uma arma para se defender, já que o Estado não consegue oferecer segurança. Mas o STF ou o Congresso estão sempre estão derrubando, impedindo que esse direito seja exercido”.
Defende também que o povo brasileiro se arme:
“O povo brasileiro sempre foi armamentista. Meu avô tinha seis espingardas Winchester em casa. Isso mudou faz pouco tempo, é hora de retomar essa história”.