O presidente Jair Bolsonaro convocou seus ministros na tarde desta quarta-feira (27) para discutir uma reação ao STF. A resposta acontece após a operação deflagrada pela PF, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, para o cumprimento de mandados judiciais contra empresários, parlamentares e blogueiros no inquérito que investiga a criação e propagação de notícias falsas.
Segundo a Folha de S. Paulo, uma das investidas contra a Corte seria a recusa do ministro da Educação Abraham Weintraub em depor ao STF neste mesmo inquérito. Outra negativa caberia ao general Augusto Heleno. O presidente, diz a Folha, sugere que o ministro não acate o pedido do Supremo em outro inquérito na Corte. Em outra frente, Bolsonaro volta a defender a nomeação de Alexandre Ramagem na Polícia Federal.
O governo também discute detalhes de um habeas corpus preventivo para Weintraub, que foi convocado pelo STF para prestar depoimento na PF após críticas aos integrantes da Corte na reunião do dia 22 de abril. Ainda na noite desta quarta-feira (27), o texto será debatido pelo presidente e os ministro da Justiça, André Luiz Mendonça e da Advocacia-Geral da União, Levi Mello.
Uma das questões que alarmou o Planalto nesta quarta-feira foi o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de empresários aliados a Bolsonaro envolvidos na operação.
Participaram da reunião os ministros Braga Netto, (Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República); André Luiz de Almeida (Justiça e Segurança Pública); Fernando Azevedo (Defesa); Ernesto Araújo (Relações Exteriores); Paulo Guedes (Economia); Tarcísio Gomes de Freitas, (Infraestrutura); Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento); Abraham Weintraub (Educação); Onyx Lorenzoni (Cidadania); Bento Albuquerque (Minas e Energia); Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações); Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional); Marcelo Álvaro Antônio (Turismo); Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União); Damares Alves (Mulher, da Família e dos Direitos Humanos); Jorge Antonio de Oliveira (Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República); Luiz Eduardo Ramos (Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República); Augusto Heleno (Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República); José Levi Mello do Amaral Júnior (Advogado-Geral da União) e Roberto Campos Neto (Presidente do Banco Central).