As autoridades de saúde da Itália anunciaram nesta terça-feira (26) que o país não usará mais a hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19.
Segundo a Aifa (Agência Italiana de Remédios), a decisão foi tomada a partir das novas evidências clínicas indicando que o uso do medicamento pode levar a um alto risco de reações adversas e que os benefícios para os pacientes são “escassos ou ausentes”.
A Agência também assegurou, em comunicado oficial, que jamais recomendou o uso da hidroxicloroquina como forma de combater a covid-19, embora permitisse o seu uso de forma experimental.
Nesta segunda-feira, a OMS (Organização Mundial da Saúde), referendou resultados de estudos mostrando que tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina não só têm efeito nulo no tratamento de casos de coronavírus como ainda aumentam o risco de morte, pelos efeitos secundários que podem causar em certos pacientes, como arritmias cardíacas graves e transtornos sensoriais.
A declaração da OMS foi baseada em estudos publicados na semana passada pela revista The Lancet, uma das mais conhecidas publicações científicas do mundo.
No Brasil, o medicamento é promovido pelo presidente Jair Bolsonaro como se fosse uma cura segura contra a covid-19. O país é um dos que tem o maior número pela doença no mundo, e também registra um importante número de casos fatais em decorrência dos efeitos adversos do medicamento.