Militar nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Ministério da Saúde na terça-feira (19), Giovani Camarão publicou uma foto em suas redes sociais em que aparece em festa de aniversário com ao menos 17 pessoas no começo de abril.
Na legenda, o futuro coordenador de Finanças do Fundo Nacional de Saúde escreveu “niver do gerson 03/04/2020”. Na época, o isolamento social já era uma medida praticada na maioria dos municípios brasileiros. A postura do militar, portanto, vai na contramão das orientações nacionais e da própria Organização Mundial da Saúde (OMS).
O presidente, no entanto, tem minimizado a importância da quarentena. A indicação de um militar que tampouco segue as recomendações das autoridades de saúde mostra a tentativa do ex-capitão em alterar as diretrizes contra a doença no país.
Além disso,desde a saída de Luiz Henrique Mandetta do comando da pasta, Bolsonaro tem aumentado a presença de militares no ministério. Somados aos nove nomeados nesta terça-feira, já são 13 os militares chamados para atuar no combate à crise do coronavírus, a maior parte deles sem formação nem experiência na área da Saúde.
Outro militar escolhido pelo presidente para atuar na pasta, Angelo Denicoli, futuro diretor de monitoramento do SUS, comemorou quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que estava tomando hidroxicloroquina para “minimizar os sintomas” do coronavírus. Ainda não há comprovação científica sobre a eficácia do medicamento.