Paula Moreira Félix Costa, de 46 anos, que foi detida após se recusar a colocar máscara para entrar em um supermercado é servidora pública do Ministério Público da União e, desde 2008, atua no Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT).
A informação foi confirmada pelo MPDFT em nota à TV Globo nesta terça-feira (12), que informa ainda que Paula pode sofrer algum tipo de penalidade disciplinar.
“A conduta da servidora pode ser objeto de avaliação interna e eventual penalidade disciplinar, caso seja constatado uso do cargo para justificar atitude indevida”, diz o texto.
Entre a milícia bolsonarista, Paulo Félix é tratada como “bióloga” e sua detenção usada para defender a teoria da conspiração de Olavo de Carvalho, de que a pandemia do coronavírus estaria sendo usada para implantação de uma ditadura comunista no mundo.
Nas redes sociais, Paula Félix se coloca como aluna do “Seminário de Filosofia – Olavo de Carvalho” e publica diversas fotos em atos pró-Bolsonaro.
Em publicações recentes, a servidora pública afirma que continuará a desobedecer a recomendação para colocação de máscara e que vai bloquear “todos os filhos da puta que postarem comentários zombando da minha recusa em me submeter a imposições desarrazoadas de governadores canalhas nas minhas postagens”.
https://twitter.com/_SaraWinter/status/1259958112473296901
No comunicado, o MPDFT disse ainda que o comportamento da servidora fora do ambiente de trabalho “não expressa a opinião institucional” e reforçou a importância do uso de máscaras durante a pandemia do novo coronavírus.