Os herdeiros da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva entraram com processo nesta segunda-feira (27) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a secretária nacional de Cultura, Regina Duarte, por divulgação de informações falsas que atentam contra a memória de Marisa.
Sem verificar, o filho do presidente Jair Bolsonaro e a atriz afirmaram que Maria teria 256 milhões em CDB’s na conta. O valor correto que está em seu inventário é de R$ 26 mil – 10.000 vezes a menos.
“Ocorre que o Requerido — sem realizar qualquer averiguação, ou, ao menos, ouvir os Autores — foi ao seu Twitter e, de maneira leviana, fez afirmação falsa de que a falecida senhora Marisa Letícia Lula da Silva possuía um patrimônio imaginário de R$ 256 milhões, resultado da descabida e inconsequente multiplicação do número de CDBs (2.566.468) pelo suposto valor nominal de R$ 100,00, o que, como visto, é manifestamente incompatível com a realidade e com as informações disponíveis publicamente nos autos do inventário”, diz trecho do processo que fala de Eduardo.
“A publicação realizada pela Requerida pretende levar seus seguidores e o público em geral a acreditar na falsa notícia de que a senhora Marisa Letícia Lula da Silva teria o aludido patrimônio de R$ 250 milhões e, ainda, que esse patrimônio seria oculto (“acharam R$ 250 milhões numa conta da falecida do Lula”) e, portanto, relacionado à prática de atos ilícitos”, aponta ainda o documento sobre Duarte.
Como reparação, os filhos da ex-primeira dama pedem R$ 131 mil de cada um dos propagadores de fake news. O valor equivale a 5 vezes maior do Marisa realmente tinha em CDBs e 2 mil vezes menos do que o valor falsamente divulgado.