Generais recusaram convite de Bolsonaro para ato pró-ditadura

O Presidente eleito Jair Bolsonaro, e o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, durante entrevista após reunião com os futuros comandantes das Forças Armadas, no Comando da Marinha, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

247 – Jair Bolsonaro tentou ganhar o apoio dos militares à sua presença na manifestação pró-ditadura e pró-golpe no último domingo (18) em Brasília (DF), e mobilizá-los para participar do comício. Mas fracassou. Ele convidou para acompanhá-lo os ministros da Defesa, General Fernando Azevedo e Silva, e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, General Luiz Eduardo Ramos, que recusaram o sob o argumento de que a presença deles sugeriria que o Exército estaria a favor da manifestação.

A informação sobre a recusa do convite feito por Bolsonaro foi publicada na coluna de Merval Pereira. No domingo, depois do ato pró-golpe, Bolsonaro teve uma reunião com a cúpula militar de seu governo que exigiu que ele falasse no dia seguinte para desfazer o clima político tenso. Na segunda-feira (20), ele falou em Supremo Tribunal Federal e em um Congresso “abertos e transparentes”. Outra frase proferida por Bolsonaro na manhã de segunda feira – “Já estou no poder, por que daria um golpe?” – foi dita a ele na reunião de domingo.

Atendendo a um pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decidiu abrir um inquérito para apurar “fatos em tese delituosos” com o objetivo de investigar se houve participação de deputados na organização de atos antidemocráticos.

O inquérito de Aras não cita especificamente Bolsonaro, que indicou ele para a PGR desrespeitando a lista tríplice do Ministério Público.

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