Por Coletivo de Comunicação do MST em Santa Catarina.
Ao longo da última semana, de 9 a 13 de março, acampadas e acampados do Movimento Sem Terra do interior de Santa Catarina realizaram o plantio de 350 mudas de árvores nativas na capital, Florianópolis.
As ações fizeram parte do Plano Nacional: “Plantar árvores e produzir alimentos saudáveis” e da Jornada de Lutas de Março. As mudas foram plantadas nas ocupações urbanas Marielle Franco, Beira Rio, Fabiano de Cristo e Nova Esperança, no Quilombo Vida Martins e na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Durante a visita no quilombo Vidal Martins, Helena, representante da comunidade, reforçou a importância da visita do MST. “A luta do povo Sem Terra é irmã da luta quilombola”, disse. Durante a passagem comunidade, o MST de Santa Catarina levou solidariedade ao processo de reconhecimento das terras, que há anos está em disputa pela titulação.
Atualmente, o local abriga o Parque Estadual do Rio Vermelho, em que predomina na vegetação uma espécie exótica de pinus. “A proposta do quilombo Vidal Martins é, aos poucos, substituir os pinus por árvores nativas”, conta Helena.
Já na área urbana de Florianópolis, as acampadas e acampados conheceram quatro ocupações: Marielle Franco, Beira Rio, Fabiano de Cristo e Nova Esperança. Em cada uma delas, vivenciaram os elementos em comum da luta pela terra com a luta pela moradia.
Ci Ribeiro, do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) reforçou a importância a união campo e cidade. “Construir o caráter da unidade popular é parte de nossa resistência ativa e a jornada que se realizou em conjunto com a companheirada do MST, bem como as demais que se seguirão, são de muita importância para a luta por moradia”, disse.Com relação à Jornada de Lutas de Março, Vilson Santin, da direção nacional do MST, afirmou que o balanço foi positivo em Santa Catarina.
“O plantio de árvores nas ocupações urbanas, no quilombo e na universidade foram muito relevantes, somaram esforços de inúmeras entidades e demonstrou a capacidade organizativa do povo. O mês de março tem sido mais um passo na luta do MST e seguiremos fortes na construção do projeto de sociedade contido na reforma agrária popular”, finalizou.