“História”, que fala sobre questões raciais, ganha versão BoomBap, produzida pelo beatmaker Felipe Xiz. Ouça aqui
Após lançar o videoclipe de “História” no dia da Consciência Negra de 2019, Felipe FLIP desafiou pelas redes sociais beatmakers de todo o país a produzirem uma nova versão do single. “Dei um salve no Instagram e recebi várias versões da música por e-mail. Teve versão em Trap, Plug, Reggae, Grime e até brega funk”, explica.
Entre as dezenas de versões, a que mais agradou foi a versão BoomBap, que chega em todas as plataformas digitais na última sexta-feira (14). Coincidência ou não, a produção é de um velho conhecido de FLIP, o Felipe Xiz, responsável pela maioria dos beats do Zero Real Marginal (ZRM), grupo de rap que FLIP fundou com Febem e DJ Sleet, que emplacou vários hits que a rua não se esquece entre 2011 a 2015.
No single, FLIP deixa bem claro que veio para fazer “História (e não stories)”. Uma crítica ao comportamento fútil que a maioria dos usuários mostram em seus perfis nas redes sociais. A letra fala ainda do preconceito e o racismo tão presente na História do Brasil.
Falando em racismo, FLIP se inspirou em Belchior para escrever: “ainda somos os negros ainda somos iguais ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”. A influência da MPB, o artista traz de casa por conta da mãe que ouvia muito cantores como Milton Nascimento, Caetano Veloso e Djavan.
FLIP
Filho de pai nigeriano e mãe brasileira, o paulistano Felipe Augusto Prado Emenekwum, mais conhecido como FLIP, apelido que ganhou quando começou a andar de skate na zona norte de São Paulo, é um músico versátil que gosta de misturar elementos, ritmos e estilos. Felipe FLIP vem da escola hardcore, da Vila Maria, do lifestyle do skate e foi no rap que encontrou a melhor forma de expressar suas experiências e o modo de ver a vida.