Por Claudia Weinman, para Desacato. info.
Na sexta-feira dia 14 de fevereiro procuramos a Agência do Banco do Brasil em São Miguel do Oeste/SC, para realizar um serviço de transferência de dinheiro internacional por meio da Western Union, com a ideia de ajudar um companheiro que está passando grande necessidade nos Estados Unidos.
Acontece que a pessoa que nos atendeu errou a localização para onde o dinheiro deveria ser enviado e até o momento encontra-se em uma agência de outro estado, não sendo possível a retirada pela pessoa para quem destinamos. Neste caso, o dinheiro foi enviado para o estado de Washington e não para o Distrito de Colúmbia (Washington, D.C), capital dos Estados Unidos. Como se pode errar (no Banco do Brasil) a capital dos EUA e ainda o banco não oferecer uma resolução urgente?
Na segunda-feira dia 17, retornamos para agência do Banco do Brasil e solicitamos uma resolução. Quem nos recebeu desta vez foi uma pessoa que nada tinha de relação com o problema, mas que cuidadosamente estava tentando ajudar. A situação foi remetida a São Paulo, pois parece que no Brasil as coisas só acontecem por lá. É como se São Paulo fosse os Estados Unidos do Brasil, entendem?
Na terça-feira retornamos para o Banco e São Paulo solicitou os dados, os mesmos que repassamos lá na sexta-feira. Enviamos e hoje, quarta-feira, nenhuma resposta nos chegou a não ser: tem que esperar ou ainda: não temos retorno de São Paulo.
Sabem, quando uma pessoa está em um país como os Estados Unidos e precisa muito? Imagine se eu chegasse para você e dissesse que o salário do mês não lhes foi depositado e que infelizmente, mesmo que o erro tenha sido meu, tenhas que: esperar. Até quando vamos aguardar?
Desculpem mas a fome de alguém não espera e a paciência também tem seu limite e respeito. O pior disso tudo é que a gente compreende que vivemos em um país capitalista e que sempre, sempre na história os pobres são os ferrados e os que esperam. Mas enquanto pudermos denunciar, pois bem, assim faremos.
Preciso de uma resposta, Banco do Brasil. Logo será carnaval e aí?
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Claudia Weinman é jornalista, vice-presidenta da Cooperativa Comunicacional Sul. Militante do coletivo da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR).
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