O filme não levou o Oscar, mas diretora liberou trecho em que Jair Bolsonaro critica cultura e levou protestos ao tapete vermelho.
O primeiro Oscar do Brasil não veio na noite deste domingo 09, mas a diretora de Democracia em Vertigem, Petra Costa, resolveu liberar um trecho inédito do filme diretamente da premiação.
“Em 2016, Bolsonaro disse que cortaria fundos para as artes já que os filmes brasileiros nunca chegam aos Oscars. Aqui está o meu presente para o Presidente do Brasil”, escreveu a diretora no Twitter. O vídeo foi publicado no blog do jornalista Jamil Chade, do UOL.
Em 2016, Bolsonaro disse que cortaria fundos para as artes já que os filmes brasileiros nunca chegam aos @Oscars. Aqui está o meu presente para o Presidente do #Brasil #DemocraciaemVertigem #Oscar2020 #VivaOCinemaBrasileiro https://t.co/0brlQDcrh3
— Petra Costa (@petracostal) February 10, 2020
No trecho, Jair Bolsonaro reitera que não tem vontade de recriar o Ministério da Cultura caso seja reeleito, e que o valor da pasta poderia ser utilizado para aparelhar policiais militares pelo Brasil. Assista:
Na categoria que o filme da brasileira concorria, o ganhador da noite foi American Factory, o único norte-americano da categoria. No discurso, a diretora do filme disse estar “honrada” em ter concorrido ao lado dos diretores indicados, e terminou a fala com “trabalhadores do mundo, univo-os”.
Manifestação no tapete vermelho
Antes da premiação, Petra se reuniu com a equipe do filme no tapete vermelho com cartazes de manifestação contra o neo-fascismo e pela proteção dos povos indígenas. A coordenadora nacional da Apib (Associação dos Povos Indígenas), Sônia Guajajara, era uma das presentes.
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