A greve geral já começou em Portugal

Diário Liberdade.- A revisão do Código de Trabalho pelo governo da direita é contestada hoje pela convocatória da segunda greve geral do último ano, desta vez em solitário pela CGTP, a central sindical maioritária no país.

A Greve Geral começa desde já nos transportes, mas também nos serviços municipais de saneamento e limpeza e nos serviços de saúde.

Em Lisboa e no Porto, a incidência está a ser já grande nas primeiras horas, com o Metro de Lisboa, Transtejo e Soflusa (transporte marítimo que liga a capital com a margem sul) sem serviços mínimos e em completa paralisação.

A Carris tem serviços mínimos de 13% e espera-se que a adesão seja maciça, tal como na CP, onde o Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) aderiu à convocatória da CGTP e existem 20% de serviços mínimos.

Já no Porto, os STCP contam com serviços mínimos de 100 por cento de funcionamento nas linhas 4M e 5M (de madrugada), enquanto o funcionamento será de 50% em várias linhas durante a manhã e a tarde. O Metro do Porto tem horário reduzido de 7h a 21h, ficando sem ligações a Matosinhos, Póvoa, Maia, Aeroporto e Gondomar.

Cabe acrescentar que os portos do Algarve, Setúbal, Lisboa, Figueira da Foz, Aveiro, Viana do Castelo e Caniçal estão já encerrados devido à adesão dos trabalhadores à greve geral, segundo informações da força sindical convocante. Nos bombeiros de Lisboa, a adesão é de mais de 90%.

Além disso, há que lembrar que a CGTP-IN anunciou 38 concentrações, com destaque para Lisboa (14 horas, no Rossio) e Porto (15 horas, Praça da Liberdade).

Porém, há convocatórias também em: Aveiro, Águeda, Ovar, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira; Beja; Braga e Guimarães; Bragança; Castelo Branco e Covilhã; Coimbra; Évora; Faro; Guarda; Marinha Grande; Portalegre e Avis; Santarém, Torres Novas, Tramagal, Benavente e Couço; Setúbal, Corroios, Cova da Piedade, Barreiro, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines; Viana do Castelo; Viseu; Horta; Funchal.

Ataques dos media burgueses à CGTP

Salienta ainda, nas horas iniciais da jornada de luta portuguesa, a propaganda anti-sindical realizada pela imprensa burguesa, que insiste na suposta perda de influência da CGTP como principal sindicato representativo da classe operária portuguesa, numa tentativa de desacreditar essa força em plena jornada de greve convocada em todo o país e todos os setores.

Tendo em conta os 600 mil trabalhadores e trabalhadoras que lhe atribuem como sindicadas, cabe comparar o grau de participação popular nessa estrutura se comparada com qualquer partido político burguês, cuja militância fica muito abaixo dos 10% desse número de filiados sindicais.

Cobertura durante todo o dia 22:  http://www.diarioliberdade.org/

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