Finalista do Prêmio Jabuti, editora tem a meta de lançar 80 livros em 2020
Mesmo diante de cenários desafiadores para o mercado editorial nacional, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) vem mantendo sua produção aquecida e com previsões animadoras para 2020. Se em 2019 a editora lançou 45 títulos, a meta para o próximo ano, além de reeditar títulos esgotados, é de lançar 80 obras de autores pernambucanos e nacionais, como explica Diogo Guedes, editor da Cepe “Em 2020, um dos destaques da editora vai ser o lançamento do livro ‘Viagem ao País do Futuro’, da escritora portuguesa Isabel Lucas, que tem escrito reportagens sobre a literatura e a realidade brasileira, com um olhar sempre renovado e crítico de quem vê o Brasil de fora, mas sempre em busca também de compreendê-lo”.
Outro importante lançamento que vem logo no início de 2020 celebra o centenário de João Cabral de Melo Neto. É uma edição ampliada do livro “João Cabral de Ponta a Ponta”, com ensaios de Antonio Carlos Secchin, um dos principais pesquisadores da obra do poeta. Um dos títulos esperados no segmento ficção é o romance “Opulência”, do escritor e tradutor paulista Luis S. Krausz, que lançou pela Cepe “Outro Lugar”, vencedor do Prêmio Cepe Nacional de Literatura 2017, além do Prêmio Machado de Assis, e o da Biblioteca Nacional.
Uma das iniciativas que se consolidou em 2019 foi o Circuito Cultural de Pernambuco, com a realização de feiras e tendas literárias por 13 municípios do estado. A ação em parceria com a Secult, Fundarpe e Fundação Gilberto Freyre seguirá por 2020 com o objetivo de integrar literatura a outras manifestações culturais como teatro, dança, música, artes plásticas, cinema e educação, incluindo a participação de artistas locais e da população dos municípios. As próximas edições já estão agendadas para São José da Coroa Grande e em Olinda.
Uma novidade é a continuidade das coleções. Continuando a tradição da editora de trazer biografias sobre a cultura pernambucana, foram lançados perfis biográficos de J.Borges, José Cláudio e Germano Coelho. A próxima perfilada será a cirandeira Lia de Itamaracá. Também foi criado o selo Cepe HQ, que marca a abertura para as narrativas gráficas autorais com “O obscuro fichário dos artistas mundanos” e “Polinização” estreando o segmento.
Este ano mais uma vez a editora foi finalista do Prêmio Jabuti, a principal premiação literária do Brasil, com 4 títulos, sendo um deles o “Povo xambá resiste: 80 anos da repressão aos terreiros em Pernambuco” de Marileide Alves. Já “Jogo de Cena”, de Andréa Nunes, venceu o prêmio da Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror (Aberst). A Cepe também foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e ganhou três prêmios Brasil Design Award na categoria Design Impresso. Neste ano, o incentivo à produção literária continua, com a publicação dos vencedores do Prêmio Cepe Nacional de Literatura e o Prêmio Cepe de Literatura Infantojuvenil do ano passado, além do lançamento das inscrições para a edição 2020.