Em resposta à emocionante carta enviada por juiz aos presos de Joinville (SC), um promotor quis surfar na onda e fez carta se dirigindo às famílias das vítimas do mesmo estado, da cidade de Palhoça.
Enquanto a primeira era carregada de empatia e noções de desigualdade e oportunidade, a segunda veio repleta de punitivismo e um senso enviesado de justiça.
“A intolerância que atinge vocês que estão presos também é destinada a mim. Como juiz de execução penal sou taxado de defensor de bandido, sou olhado de canto de olho, sou hostilizado por parte da sociedade, cega em seus traumas, ódios e medos”, escreveu o juiz Marcos Buch.
Já Alexandre Carrinho Muniz se vale do discurso do “cidadão de bem” e diz ser taxado de “punitivista, encarceirador (sic) em massa e hostilizado por uma pequena mas barulhenta parcela de juristas e pretensos juristas”.
É lamentável que um promotor´ falhe em admitir a humanidade dos milhares de encarcerados e encarceradas. Não é porque estão presos, e, vale lembrar, muitas vezes injustamente, que não merecem uma mensagem positiva.
Mensagem de final de ano aos familiares das vítimas que tiveram seus nomes referidos no Tribunal do Júri! pic.twitter.com/FczvKf1eMh
— Alexandre Carrinho Muniz (@CarrinhoMuniz) December 19, 2019