O discurso de preconceito e ódio da política que privilegia o militarismo e a repressão policial chegou às vielas de Paraisópolis na madrugada deste domingo (1º) e pôs fim à vida de ao menos nove garotos que viviam na periferia da capital paulista. Jovens entre 14 e 23 anos, que vivem e se divertem na periferia, que só vê o estado entrar por lá através de homens armados e com camburões, em uma política de segurança pública elogiada pelo governador João Doria (PSDB).
Marcos Paulo, Bruno, Eduardo, Denys Henrique, Dennys Guilherme, Mateus, Gustavo, Gabriel, Luara e um outro jovem que ainda não foi identificado são as vítimas do massacre promovido pela polícia na ação que leva o grosseiro e irônico nome de “Operação Pancadão”, ocorrida na segunda maior comunidade da capital paulista, com 100 mil habitantes, que faz divisa com os luxuosos condomínios Jardim Vitória Régia, Paço dos Reis e Portal do Morumbi.
Saiba quem são as vítimas (a reportagem será atualizada assim que mais informações forem divulgadas):
– Denys Henrique Quirino da Silva, 16 anos
O corpo de Denys Henrique Quirino da Silva, de 16 anos, foi reconhecido pela mãe, a vendedora Maria Cristina Quirino Portugal. Moradora também do bairro Limão, disse que o filho saiu para trabalhar e não voltou. “Ele saiu para trabalhar e não voltou. Até eu receber a ligação do hospital, eu estava brava com ele e isso só passou quando o vi gelado no IML (Instituto Médico-Legal)”, disse.
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– Marcos Paulo Oliveira dos Santos, 16 anos
Primeiro a ser identificado, Marcos Paulo Oliveira dos Santos faria 17 anos no próximo dia 31 de dezembro. Segundo a mãe, o rapaz, que é morador do Limão, bairro da Zona Norte de São Paulo, saiu no sábado (30) para trabalhar e disse para a avó que iria comer uma pizza com os amigos. A mãe disse que não sabia que o filho estava no baile e que soube da morte do filho ao ser avisada pelo hospital.
– Gustavo Cruz Xavier, 14 anos
Gustavo Cruz Xavier, 14 anos, que morava com a família no Capão Redondo (zona sul de SP). Segundo o padrinho, Roberto Oliveira, a família teria dito ao jovem para não ir ao baile, pois temia por sua segurança.
– Dennys Guilherme, 16 anos
Dennys Guilherme era estudante de Administração na Unip. No dia do baile, ele fez um post nas redes sociais afirmando que estaria no evento. “Hoje eu tô inspirado, vou mandar o magrão de esquina a esquina e dar um tapa na cabeça da sua vó, não qro saber de nada, meninas hj o pai vai tá online, vou surfar mais q o medina”, escreveu.
– Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos
Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos, é de Mogi das Cruzes (Grande SP)
– Eduardo Silva, 21 anos
Eduardo da Silva, 21, é morador de Carapicuíba (Grande SP)
– Mateus dos Santos Costa, 23 anos
– Gabriel Rogério de Moraes, 20 anos
– Luara Victoria de Oliveira, 18 anos
– Homem não identificado
Acontece que acriminalidade sempre existiu .só que agora na era Bolsonaro triplicou, a polícia tá matando mais que os bandidos e pior pessoas de bem,desarmados , quando numa troca de tiros se enfrentando ela mata alguém pelo menos matou um igual armado .ela mata crianças,trabalhador idosos deveria nós defender e dar segurança ,mas ela provoca terror.