Os plantadores de coca do Trópico de Cochabamba, em Huayllani, em Sacaba, em vigília pelas nove pessoas que morreram na última sexta-feira (15) em confrontos com policiais e militares, deram 48 horas para que a presidente em exercício da Bolívia, Jeanine Áñez, deixe o poder.
Os cocaleros pegaram os corpos das pessoas assassinadas no Instituto de Investigações Forenses (IDIF) e os levaram a Sacaba.
Os atestados de óbito revelam que a causa da morte é por projéteis de armas de fogo.
No local, um representante das Seis Federações Tropicais leu as seguintes resoluções:
- Dê a Jeanine Áñez, presidente de transição da Bolívia, 48 horas para apresentar sua demissão, pois consideram seu mandato inconstitucional.
- A retirada imediata das Forças Armadas para evitar novas mortes.
- Libertação de detidos e rejeição de perseguição e intimidação dos mobilizados.
- Aprovação de uma lei curta, transitória e imediata na Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP) para garantir que eleições gerais ocorram em 90 dias.
- Denunciar e repudiar “o massacre ditatorial e a violação dos direitos humanos”.
- Respeito pela wiphala como um símbolo nacional que representa os 36 milenares povos indígenas da Bolívia.
- Eles pedem ao povo boliviano que mantenha a unidade e continue a luta e o bloqueio nacional por tempo indeterminado no país.
- Eles pedem às autoridades e à comunidade internacional que intervenham na investigação para punir os autores intelectuais e materiais do “massacre” na área de Huayllani, em Sacaba.
- Peça respeito pelas mulheres em Pollera.
Com informações do Opinión