Dia a dia vão se descobrindo os verdadeiros propósitos da Proposta de Emenda à Constituiçao (PEC) do Pacto Federativo. Apresentada por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes para “modernizar” o Estado, a PEC é recheada de “jabutis” que promovem a implantação de medidas neoliberais para acabar com a atuação do poder público e privilegiar a iniciativa privada.
Uma das propostas da PEC desobriga o poder público de expandir a rede escolar em regiões com carência de vagas para alunos. O objetivo é expandir a participação do ensino privado no país. Guedes ainda é defensor da ideia de fornecer “vouchers” a alunos que estariam na rede pública para pagarem com dinheiro do Estado escolas particulares.
Com livre acesso ao Planalto, a irmã de Paulo Guedes, Elizabeth Guedes, é vice-presidente e proprietária da Associação Nacional de Universidades Privadas (Anup), que representa os interesses de grandes monopólios educacionais, como Anhanguera, Estácio, Kroton, Uninove e Pitágoras, que também atuam no ensino fundamental.
A atuação dela há praticamente três décadas é fazer lobby junto ao setor público para privilegiar o ensino privado. Com a ascenção do irmão ao governo, Elisabeth se infiltrou ainda mais no poder público para propor suas ideias e já se reuniu até mesmo com Jair Bolsonaro.
Segundo levantamento do site Metrópoles, em 2018, Elizabeth teve apenas 17 reuniões com membros do governo registradas no ano. Até julho de 2019, porém, ela já encontrou-se com autoridades do primeiro ou do segundo escalão do governo em ao menos 35 eventos formais – um deles com Bolsonaro.
Acordo no MEC
No dia 6 de Novembro, Elizabeth Guedes participou ao lado do ministro da Educação, Abraham Weintraub, da cerimômnia de assinatura de um protocolo de cooperação entre o Ministério da Educação (MEC) e associações e entidades do ensino superior.
O projeto tem como objetivo permitir que instituições de ensino superior participantes disponibilizem conteúdos, professores e espaços físicos, como laboratórios, sala de computadores, música e quadras de esporte.
O acordo será firmado entre as instituições e as secretarias de Educação municipais e estaduais.