Por Dinovaldo Gilioli, para Desacato.info.
Desde o tempo da caverna, à invenção do papiro, e aos mais avançados meios tecnológicos da atualidade, a busca do ser humano sempre foi a de comunicar-se. Independemente da época e dos recursos utilizados, a palavra sempre foi um dos principais instrumentos de comunicação da humanidade.
Nos dias atuais onde se proliferam informações numa quantidade estonteante e onde a palavra tem sido largamente utilizada e para todos os fins, perguntamos aos escritores e também aos leitores: a que veio a palavra?
O dom de dizer, de escrever, não é fruto da soberba, do exacerbado ego, mas um ato que deve elevar a vida a sua condição mais humana. O que cabe no universo, cabe na palavra, e fora dela o mundo é mudo, o mundo é surdo, o mundo é cego.
Que cada palavra dita e escrita sirva para cavar espaços ao encontro do eu e do outro. Que a palavra eu mais você dê novo sentido ao nós, a um coletivo permeado de amor e solidariedade. Que a vida criativa suplante o sufoco da vil sobrevivência, que preencha o oco do acúmulo de coisas imprestáveis para o anúncio da aurora.
Se vier da profunda razão de dizer o que deve ser dito, o que deve ser escrito, não há o que temer. Calar-se é silenciar o sentido da alma, é desfigurar a essência da mente.
Dinovaldo Gilioli é escritor e poeta.
Para que a memória coletiva prevaleça!
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